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Medina defende nova lei para empresas do Estado em setores de “elevada concorrência”
Desta forma, o ministro das Finanças acredita que haverá “benefício da transparência da gestão” destas empresas.
Medina defende que deve ser criada uma lei própria para empresas do Estado com atividade em setores de "elevada concorrência", como a TAP.
"É minha convicção que o país precisa de um quadro distinto para estas empresas que estão a funcionar num setor de elevada concorrência", deixando de ficar sujeitas ao Estatuto de Gestor Público. Desta forma, o ministro das Finanças acredita que haverá "benefício da transparência da gestão" destas empresas.
Em resposta ao deputado do PCP, Bruno Dias, o ministro das Finanças diz que "uma das lições a retirar" com o caso da TAP, "para benefício da transparência da gestão", é que "não podemos ter um estatuto de gestor público que depois vai-se aplicando, ou não, nestas empresas, que precisam de um quadro legislativo próprio", defendeu Medina durante a audição na Comissão de Orçamento e Finanças, a propósito da polémica do pagamento da indemnização de 500 mil euros pela TAP a Alexandra Reis, depois de o PSD ter apresentado um requerimento potestativo.
Já na semana passada, em declarações aos jornalistas à margem de uma conferência de imprensa conjunta do Governo para fazer o balanço das políticas públicas em 2022, Medina tinha dito que o Governo iria "avaliar como é que o sistema hoje funciona, para corrigir o sistema que permitiu que estas situações acontecessem dentro de uma empresa tutelada pelo Estado, para que deixem de acontecer no futuro".
Esta sexta-feira, no Parlamento, o governante sublinhou que "é essencial que haja sobriedade" na gestão da TAP que "tem um processo de reestruturação importante e profundo".