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Manuel Beja foi informado por telefone que ia ser demitido. E horas antes do anúncio oficial

Manuel Beja diz ter sido informado que ia ser demitido no próprio dia do anúncio feito por Medina. A notícia foi dada por Galamba por telefone, mas o tema da saída por justa causa não foi abordado.

Pedro Catarino
11 de Abril de 2023 às 18:49
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Manuel Beja recebeu a notícia da sua destituição por um telefonema do ministro das Infraestruturas, João Galamba, às 10h do dia 6 de março, no mesmo dia em que o Governo realizou uma conferência de imprensa para anunciar a demissão por justa causa da CEO e do chairman da TAP. A informação foi revelada pelo responsável que está a ser ouvido esta terça-feira na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à TAP. 


Questionado por Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda, se nesse telefonema tinha sido informado de que a exoneração seria por justa causa, respondeu que "não houve qualquer referência a esse tema". Uma posição semelhante à de Christine Ourmières-Widener, que na semana passada revelou ainda que na véspera, a 5 de março, foi chamado para uma reunião com Fernando Medina - onde lhe pediram para se demitir. No dia seguinte de manhã reuniu-se com João Galamba, que a informou que ia ser exonerada, mas não detalhou que seria por justa causa.


Manuel Beja disse ainda ainda estar em funções e garante que não tem qualquer indicação sobre a data de término das suas funções. "Ainda estou em funções, não sei até quando", afirmou. E acrescentou: "E o mesmo se aplica à CEO da TAP".


Após as conclusões do relatório da Inspeção-Geral das Finanças (IGF), que considerou o acordo da saída de Alexandra Reis ilegal por não cumprir as regras do Estatuto do Gestor Público - que não prevê a figura de acordo de saídas com indemnizações -, no passado dia 6 de março o Governo anunciou que ia demitir por justa causa a CEO e o chairman da TAP, os nomes que o relatório da IGF aponta responsabilidades.

Questionada se iria recorrer para a justiça, como a CEO da TAP já admitiu, disse que ainda estava a analisar toda  a informação não tendo, por isso, tomado nenhuma decisão. Mas, tal como Christine Ourmières-Widener, disse estar determinado a defender a sua "honra pessoal e profissional".

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