Notícia
Manuel Beja acusa Grupo Parlamentar do PS de proteção do Governo
O chairman da TAP assegura que se tivesse conhecimento da aplicabilidade do estatuto de gestor público, teria usado essa informação para travas saída de Alexandra Reis,
O presidente do conselho de administração da TAP, Manuel Beja, foi bastante crítico em relação ao papel o Grupo Parlamentar do PS no caso Alexandra Reis. Durante a audição, que já dura há quase seis horas, defendeu mesmo que o papel do grupo parlamentar do PS não tem sido de escrutínio, mas sim de proteção do Governo.
"Ao longo deste processo, o papel do Grupo Parlamentar do PS não é o de escrutínio, é um papel de proteção do PS e da melhor forma que têm para proteger o Governo", disse o gestor que foi demitido com alegação de justa causa a 6 de março por Fernando Medina, ministro das Finanças, após as conclusões da Inspeção-Geral das Finanças (IGF) que apontou responsabilidades apenas à CEO e ao chairman da transportadora pelo acordo "ilegal" que levou à saída de Alexandra Reis com uma indemnização de 500 mil euros.
A declaração do ainda chairman da TAP foi feita depois de Filipe Melo, deputado do Chega, ter questionado sobre as afirmações do deputado do PS Carlos Pereira, à margem da audição, em que referiu um parecer da sociedade de advogados Linklaters relacionado com contratos de gestão e no qual Manuel Beja foi alertado que os administradores estavam com o estatuto do gestor público. Conclusões que considerou "ilógicas".
"Se tivesse consciência da aplicabilidade do estatuto do gestor público no momento em que assinei o acordo, teria usado isso para impedir a saída da administradora Alexandra Reis", assegurou.