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Lufthansa e pilotos chegam a acordo geral até 2022
O grupo aéreo alemão Lufthansa e o sindicato dos pilotos Cockpit anunciaram hoje ter chegado a um acordo geral até 2022, pondo fim a um conflito laboral que dura há vários anos.
Segundo o acordo de princípio, os cerca de 5.400 pilotos das companhias Lufthansa Airlines, Lufthansa Cargo e Germanwings vão beneficiar de um aumento salarial de 11,4% ao longo de um período que decorrerá até Junho de 2022.
A este aumento junta-se um bónus de 1,8 meses de salário, mas, em contrapartida, os pilotos aceitam um aumento gradual da idade de pré-reforma e uma outra forma de contribuição para o plano de reforma.
Em Fevereiro, a administração da companhia e o sindicato Cockpit aceitaram a proposta de um mediador, que inclui um aumento salarial de 8,7% por etapas até 2019 e cerca de 5.000 a 6.000 euros de bónus por piloto, mas deverão ainda continuar a negociar sobre outras matérias.
O impasse entre o sindicato e a administração da empresa dura desde 2014 e, segundo a Lufthansa, os diferentes episódios de greve dos pilotos já custaram à companhia 351 milhões de euros em 2014 e 2015.
Uma nova onda de greves em Novembro causou fortes perturbações no tráfego, com custos na ordem dos 100 milhões de euros.
O sindicato Cockpit alega que o acordo de princípio permite à Lufthansa alcançar no final "uma melhoria sustentável e estrutural dos seus custos com pessoal".
Em troca, o grupo aéreo garantiu que até meados de 2022 vão voar pelo menos 325 aeronaves com pilotos ligados a este acordo alcançado com o Cockpit.
O membro da direcção do Cockpit Jörg Handwerg considerou que este acordo global representa "uma grande possibilidade de paz num conflito que dura há anos".