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Hugo Mendes deixa elogios rasgados a Frederico Pinheiro

O antigo secretário de Estado das Infraestruturas disse ainda que a tutela não deu OK a indemnizações de 8,5 milhões pagas pela TAP a 13 administradores e assegura que, além do caso Alexandra Reis, só teve conhecimento destes acordos milionários na comissão de inquérito.

Manuel de Almeida / Lusa
14 de Junho de 2023 às 18:30
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"Um profissional rápido", "com pensamento crítico", "incansável" e com vasto "conhecimento" do setor da aviação. Estes foram alguns dos elogios que Hugo Mendes fez a Frederico Pinheiro, recentemente demitido por João Galamba mas que começou a trabalhar no Ministério das Infraestruturas quando Pedro Nuno Santos era ministro.

"Tenho a melhor opinião do trabalho de Frederico Pinheiro", respondeu o antigo braço direito de Pedro Nuno Santos em resposta às perguntas do deputado da Iniciativa Liberal, Bernardo Blanco.

Questionado sobre se considerava o ex-assessor das Infraestruturas uma pessoa violenta respondeu: "Se é violento ou não, nunca me apercebi de nada. Quando chegava às reuniões cumprimentava toda a gente com um sorriso", atirou.


E os elogios não ficaram por aqui. Recordando o tempo em que trabalharam juntos nas Infraestruturas,  comentou que Frederico Pinheiro "percebe mais de aviação do que eu, é uma pessoa preparadíssima neste setor".

Mais tarde, questionado novamente sobre a sua relação com Frederico Pinheiro e a postura do ex-adjunto, detalho que 
trabalhou com ele cerca de 6 anos e "só lhe atribui qualidades". "É um excelente adjunto", comentou.

Frederico Pinheiro esteve envolvido no polémico episódio rocambolesco na noite de 26 de abril, dia em foi exonerado por Galamba, e foi acusado de agressões a duas assessoras do ministério e de roubo do computador de trabalho, levando à intervenção do SIS. Quando foi ouvido na CPI, o ex-adjunto de Galamba refutou estas acusações. 


Compensações de 8,5 milhões de euros não passaram nas Infraestruturas

Hugo Mendes, antigo secretário de Estado das Infraestruturas, já admitiu ter dado OK à indemnização de 500 mil euros a Alexandra Reis. Mas desconhece outras compensações.

De acordo com as contas do deputado da Iniciativa Liberal, Bernardo Blanco, de 2019 a 2022 a TAP pagou um total de 8,5 milhões de euros em indemnizações a 13 administradores. Questionado se tinha aprovado estes montantes, Hugo Mendes, que trabalhou no ministério das Infraestruturas de 2019 até início de 2023,  disse que não. E assegurou ainda não ter conhecimento desses valores.

"Tive  conhecimento destes casos quando foram tornados públicos na comissão de inquérito", acrescentou Hugo Mendes, que está a ser ouvido esta quarta-feira.

No arranque da CPI foi revelado pela deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, que um antigo administrador da TAP,  Maxiliman Otto Urbanh, saiu da companhia aérea com um pré-acordo de reforma de 1,35 milhões de euros que seriam recebidos entre dezembro 2018 e dezembro de 2022. Um acordo considerado ilegal pelo conselho de administração, que já pediu a devolução da verba ao gestor que ingressou nos quadros da TAP em 2016 e é próximo de David Neeleman, antigo acionista da companhia aérea.
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