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Hotelaria pede revisão da estratégia da TAP no Porto

O objectivo é aliviar a pressão de passageiros na Portela. Aviões maiores e mais voos nocturnos são outras das sugestões encontradas pela hotelaria após uma reunião com a ANA Aeroportos.

Miguel Baltazar/Negócios
23 de Maio de 2017 às 11:12
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A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) defendeu esta terça-feira, 23 de Maio, que a TAP deve "repensar" a sua operação no Porto no que respeita a voos internacionais.

 

O objectivo seria aliviar o número de passageiros que, através da "ponte aérea", viriam para o aeroporto de Lisboa apanhar outros voos, aliviando a pressão nesta infra-estrutura.

 

"Temos no horizonte uma preocupação e um problema. O aeroporto de Lisboa esgotará em 2018", afirmou o presidente Raul Martins num encontro com jornalistas.

 

A preocupação da hotelaria é a de que a limitação no crescimento do número de passageiros possa condicionar consequentemente os seus hóspedes, levando a uma diminuição da taxa de ocupação e dos preços perante o aumento previsto da oferta hoteleira. A previsão é de que abram mais de 80 hotéis em todo o país até ao final de 2018.

 

No fundo, a preocupação é de que a transportadora portuguesa use "mais o aeroporto de Lisboa para deixar mais turistas cá" enquanto o novo terminal no Montijo não estiver a funcionar.

 

Uma vez que o Governo "não fez o seu trabalho a tempo e horas no Montijo", Raul Martins posiciona que cabe agora ao Executivo "insistir" no caso da TAP para "adequar a operação".

 

A AHP reuniu-se já com a ANA Aeroportos, "que tem preparado um plano de contingência aprovado até ao fim de Maio", explicou a presidente-executiva Cristina Siza Vieira.

 

Além do aumento da capacidade dos aviões, com aparelhos maiores, a gestora aeroportuária encara um aumento das frequências nocturnas – cenário aliás já avançado pelo Negócios.

 

O tráfego nocturno está restringido entre as 00:00 e as 6:00, com um número de movimentos permitidos que não pode exceder o limite total de 91 por semana. "Somos mais limitativos que Barcelona", classifica Raul Martins.

 

Estas limitações na capacidade da Portela têm deixado várias companhias em "lista de espera", como escreveu o Negócios. Uma delas é a Emirates, que não pôde criar uma segunda frequência diária para o Dubai.

 

A hotelaria apela ainda que a que sejam feitos reforços nos meios do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, fazendo o relato de filas que podem "chegar às três horas".

 

(Notícia actualizada às 12:09 com mais informação)

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