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Greve na Portway leva a cancelamentos de voos no aeroporto Lisboa

A greve dos trabalhadores da Portway já levou ao cancelamento de voos da easyJet no aeroporto de Lisboa e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC) adiantou à Lusa que "há perspetivas de mais cancelamentos".

Filipe Farinha
27 de Dezembro de 2019 às 18:23
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De acordo com informações do SINTAC, os cancelamentos serão de oito ligações da companhia no aeroporto de Lisboa, mas a Lusa confirmou, para já, apenas quatro no 'site' da ANA - Aeroportos de Portugal, um em direção a Paris e outro a Bordéus, bem como um voo proveniente de Amesterdão e outro de Madrid.

Fernando Simões, dirigente do SINTAC adiantou que "há ainda perspetivas de mais cancelamentos" durante o final da tarde e noite de hoje.

O sindicato estima que o primeiro dia da greve tenha numa adesão nacional entre 80% e 85%.

De acordo com a informação enviada à Lusa por Fernando Simões, ao início desta tarde, no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, os voos "estão com atrasos que variam de 30 minutos a mais de uma hora" devido à paralisação, sendo que "todas as escalas" registam atrasos.

De acordo com o responsável, "já há voos em que a bagagem dos passageiros que chegam vai de volta no avião, porque não é retirada".

Fernando Simões acredita que os atrasos se irão "intensificar a partir das 17:30", visto que há mais voos.

A Lusa consultou no 'site' da ANA os aeroportos afetados e confirmou os atrasos.

No dia 20 de dezembro, o SINTAC anunciou um pré-aviso de greve na Portway para hoje, sábado e domingo nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Funchal.

Em comunicado divulgado na altura, o SINTAC indicou que decidiu avançar com o referido pré-aviso de greve na Portway, porque a empresa, "através dos seus administradores pertencentes ao grupo Vinci, respondeu com a denúncia do acordo de empresa em vigor, e não cumpriu o devido descongelamento de carreiras no passado mês de novembro conforme tinha assinado em 2016".

O SINTAC referiu que, "como se ainda não bastasse", a empresa "começou a cortar abonos sociais e direitos adquiridos por todos os seus trabalhadores ao longo de 20 anos, não reconhecendo assim todo o esforço dos trabalhadores ao longo dos anos, e tudo isto com um único objetivo, o de não baixar os seus lucros a fim de poder encher ainda mais os cofres do grupo Vinci.
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