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Greve dos tripulantes de cabine da transportadora aérea SATA mantém-se

A greve dos tripulantes de cabine da transportadora aérea SATA, convocada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, mantém-se, informou esta terla-feira fonte sindical, após reunião com a administração da empresa, que vai formalizar uma proposta.

Miguel Baltazar/Negócios
30 de Maio de 2017 às 22:43
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"Tivemos uma reunião, mas a SATA ainda não tem uma proposta consolidada para apresentar e não podemos travar esta greve, mas pelo menos a pressão que o presidente do Governo Regional provavelmente colocou deu frutos", disse à agência Lusa Bruno Fialho, do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).

 

Elementos do sindicato e da administração da empresa açoriana reuniram-se hoje em Lisboa, num encontro que durou sete horas. A reunião, que se sucedeu a outras duas realizadas este mês, surgiu um dia depois de representantes do SNPVAC terem sido recebidos, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, pelo chefe do executivo açoriano, Vasco Cordeiro, que se fez acompanhar pelo secretário regional que tutela os Transportes, Vítor Fraga.

 

Segundo Bruno Fialho, existem "agora outras perspectivas em cima da mesa", mas não se chegou "a qualquer acordo que pudesse impedir a greve". "A SATA não consegue cumprir no imediato as questões que exigimos relativas ao acordo de empresa. As nossas propostas são sempre rejeitadas", adiantou o responsável, acrescentando que espera "no próximo mês que os incumprimentos sobre o acordo de empresa possam ser solucionados".

 

À agência Lusa, o presidente da SATA, Paulo Menezes, esclareceu que a empresa "fez um conjunto de propostas para ir ao encontro do sindicato, propostas que vai formalizar até quarta-feira de manhã, para serem submetidas aos associados". Paulo Menezes referiu que se trata de "propostas razoáveis", acreditando que o pré-aviso de greve para quinta e sexta-feira possa ser levantado.

 

Na segunda-feira, após a audiência com o sindicato, o presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, disse esperar que fosse possível encontrar um "ponto de encontro" para retomar "um clima de maior tranquilidade" na SATA, mas rejeitou avanços na componente salarial.

 

"Esperemos que seja possível encontrar este ponto de encontro entre posições, de forma a podermos retomar um clima de maior tranquilidade e evitando essas questões da greve que, estou certo, que é o objetivo de todos os envolvidos neste processo", afirmou Vasco Cordeiro.

 

Na ocasião, Luciana Passo, do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, declarou que também a estrutura sindical gostaria "muito de chegar a bom termo" e de continuar a negociação de um novo acordo de empresa. "Gostaríamos ainda mais que as condições de trabalho e o acordo de empresa existente fossem integralmente cumpridos tanto pela Sata Internacional, como pela Sata Air Açores", sublinhou.

 

Sobre a questão salarial, Luciana Passo sustentou que o que interessa "especialmente" ao sindicato "são as condições de trabalho e o cumprimento" do acordo de empresa.

 

Hoje, o SNPVAC afirma, numa carta aberta publicada na imprensa açoriana, que "o grau de insatisfação nunca foi tão grande".

 

A 21 de Abril, o sindicato, que já tinha marcado greve para 1 e 2 de Maio, que cumpriu, estendeu a paralisação aos dias 1 e 2 de Junho.

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