O Governo vai entregar esta sexta-feira à Assembleia da República os três estudos sobre a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa que foram realizados em 2016, adiantou fonte oficial do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, que coordenou estas avaliações.

Um dos estudos é do grupo de trabalho que fez um levantamento do problema e soluções e demostrou que é possível compatibilizar a utilização civil da base aérea do Montijo com a operacionalidade da Força Aérea na área de Lisboa.

Outro estudo é da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), que comparou as várias opções (Alverca, Sintra, Montijo), concluindo que o Montijo é a melhor solução e a única que garante operação conjunta com a Portela, assegurando a posisbilidade de realização de 72 movimentos por hora nas duas pistas, o que permitirá chegar aos 50 milhões de passageiros por ano.

O terceiro estudo foi realizado pela NAV/Eurocontrol e avalia a compatibilização da navegação aérea na zona de Lisboa (militar/civil e Portela/Montijo) e propõe soluções para o seu desenvolvimento.

O Estado assinou quarta-feira com a ANA o memorando de entendimento para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa.

Na cerimónia, o ministro Pedro Marques fez questão de salientar que apesar de haver trabalho desenvolvido relativamente a uma solução para o aumento de capacidade em Lisboa quando chegou ao Governo "faltava trabalho da parte do Estado".

"Foi esse trabalho que estivemos a realizar ao longo do ultimo ano: estudos de procura, de avaliação das alternativas e a sua articulação com a gestão do tráfego aéreo, estudos de capacidade e estudos de compatibilização das soluções com as operações da Força Aérea", acrescentou.