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Frasquilho: “Estão garantidas as condições” para que a questão dos prémios na TAP “não volte a acontecer”
Miguel Frasquilho, presidente do conselho de administração da TAP, garante que a polémica sobre os prémios pagos a funcionários da companhia aérea não voltará a acontecer. E mantém a expectativa de que a empresa regresse aos lucros em 2019.
Miguel Frasquilho realçou, em entrevista à Antena 1, que a questão sobre o pagamento de prémios aos funcionários da TAP está resolvida e que não voltará a acontecer. Em causa está o pagamento de prémios no valor de 1,171 milhões de euros a 180 pessoas, incluindo dois de 110 mil euros atribuídos a dois quadros superiores. Valores estes que geraram polémica, tendo o Governo acusado a comissão executiva da TAP de quebra de confiança.
"Foi uma situação que não devia ter acontecido nas circunstâncias em que ocorreu e creio que nesta altura estão garantidas as condições para que não volte a acontecer", afirmou Miguel Frasquilho, presidente do conselho de administração da TAP, numa entrevista à Antena 1, realçando que o "assunto está encerrado".
"Não devia ter acontecido a falha de comunicação que existiu. E eu tive oportunidade de manifestar que, de facto, não concordava com o que tinha acontecido. O que importa é que estão garantidas as condições para que não volte a acontecer", sublinhou.
Miguel Frasquilho realça que ficou garantido que a gestão da companhia aérea vai, nas contas, "destacar o montante de prémios previsto para ser distribuído no ano seguinte e a forma como serão pagos para que o conselho de administração se possa pronunciar".
Questionado sobre o regresso aos lucros este ano, o presidente do conselho de administração mantém essa expectativa. "É uma expectativa positiva. Como sabe as condições em aviação são muito voláteis e podem mudar muito, mas a expectativa que temos neste momento é que essa possibilidade é real".
Recorde-se que a TAP fechou 2018 com um prejuízo de 118 milhões de euros, devido ao aumento dos preços dos combustíveis, aos custos com a reestruturação e às indemnizações a clientes devido a cancelamentos de voos.
Sobre os atrasos nos voos da TAP, Frasquilho sublinha que a companhia aérea fez "investimentos para que estas situações anómalas e penalizadoras não se voltem a verificar. Temos a expectativa de que este ano possa ser, em termos de operação e resultado, um ano melhor do que o ano passado".
Frasquilho assume que a companhia aérea teve "responsabilidades próprias" nestes atrasos, mas o facto de representar mais de metade da operação do aeroporto Humberto Delgado faz com que qualquer problema operacional no próprio aeroporto tenha um impacto maior na TAP do que nas restantes companhias aéreas.