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TAP com prejuízos de 118 milhões em 2018

O aumento do preço dos combustíveis, os custos com a reestruturação e as indemnizações a clientes devido a cancelamentos de voos ditaram que o grupo passasse de lucros de 21 milhões em 2017 para prejuízos de 118 milhões em 2018. As receitas cresceram 9,1%.

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22 de Março de 2019 às 10:21
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A TAP registou um prejuízo de 118 milhões de euros no ano passado, dos quais 95 milhões são atribuíveis a custos não recorrentes e extraordinários, relacionados com a reestruturação, os acordos sindicais e as indemnizações pagas a clientes na sequência de atrasos e cancelamentos de voos.

De acordo com os resultados apresentados esta sexta-feira, 22 de março, pelo grupo, as receitas apresentaram um crescimento de 9,1% para 3,2 mil milhões de euros, tendo o número de passageiros transportados atingido os 15,8 milhões no ano passado.

Em 2017, a TAP tinha registado um lucro de 21 milhões de euros.

No ano passado, os custos extraordinários com irregularidades, em consequência do cancelamento de 2.490 voos, totalizaram 41 milhões. Destes, 22 milhões destinaram-se ao pagamento de indemnizações e 19 milhões ao aluguer de aviões.

Na apresentação dos resultados, o grupo realça ainda que no ano passado os acordos sindicais que vieram assegurar paz social na empresa nos próximos cinco anos tiveram um efeito de 20,3 milhões de euros. O grupo contratou mais 250 pilotos.

Já o programa de pré-reformas e saídas voluntárias em Portugal teve associado um custo de 26,9 milhões de euros. Na TAP Manutenção e Engenharia Brasil, o processo de reestruturação, que resultou no despedimento de mil colaboradores e no fecho da operação de Porto Alegre, teve um custo de 27,6 milhões de euros.

Por outro lado, os gastos com combustível passaram de 580 milhões de euros em 2017 para 799 milhões em 2018, tendo a média do preço do petróleo subido 32% no ano passado, face ao ano anterior.

Para 2019, diz a TAP, a nova política de hedging, associada à diversificação das fontes de financiamento, permite à empresa ter 50% do seu consumo protegido.      

O grupo implementou no ano passado iniciativas de corte de custos que geraram economias de 115 milhões de euros. E de Angola conseguiu repatriar 132 milhões.

A dívida subiu 2% para 888 milhões de euros, tendo a companhia reembolsado 29 milhões à banca portuguesa em 2019, substituindo essa dívida com novas linhas de bancos internacionais. 

O ano de 2018 para a TAP

Prejuízo de 118 milhões de euros

Cancelamento de 2490 voos em consequência das greves custaram 41 milhões

Reestruturação da empresa somou 75 milhões

Contratados 250 pilotos, passando a ter 1.128

Aumento no preço do combustível com impacto negativo de 169 milhões

Dívida de 888 milhões de euros

Receitas atingem 3.251 milhões de euros

15,8 milhões de passageiros transportados

17 novas rotas lançadas em 18 meses

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