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Easyjet quer ter voos diários em todos os destinos a partir de Portugal

Mais do que abrir novas rotas, a Easyjet está apostada em reforçar as frequências dos voos que ligam os aeroportos portugueses ao resto da Europa. A companhia aérea também descarta começar a operar no Montijo.

Bruno Simão/Negócios
15 de Junho de 2017 às 22:00
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A Easyjet está "muito focada" em consolidar as 56 rotas que opera a partir de aeroportos portugueses e elege como "grande prioridade" ter um maior número de voos para esses destinos. "Estamos a olhar para todas as rotas do portefólio, em específico para as rotas que não têm voos diários, e o nosso objectivo é que passem a ter voos diários. Quando esse momento chegar, que passem a ter dois voos por dia", afirmou José Lopes, director da companhia em Portugal, na passada quarta-feira, à margem da entrega do novo Airbus A320 neo.

A companhia britânica já tem planeado um aumento de frequências para o próximo Verão, mas não deverá ficar por aí. "No próximo Inverno, vamos aumentar a frequência do voo de Lisboa para Londres, para onde já temos seis voos por dia. Vamos aumentar os voos para Genebra do Porto, vamos aumentar Lisboa para Bordéus para se tornar diário, Lyon para Lisboa para se tornar diário também", descreveu, numa conversa com jornalistas portugueses em Toulouse na qual participou também a CEO da Easyjet, Carolyn McCall.

Em circunstâncias normais vamos continuar a operar e crescer na Portela.  José Lopes, Director da Easyjet em Portugal

A ideia por detrás do aumento das frequências é oferecer "um produto muito estável que cubra todos os segmentos do mercado", nomeadamente o "empresarial, e o lazer" e as "escapadinhas curtas ou longas". "É muito importante focarmo-nos no produto, especialmente em Lisboa, onde precisamos de agarrar os últimos ‘slots’ que estão disponíveis", explicou o responsável. Em Lisboa, com o aeroporto congestionado, as companhias aéreas têm-se deparado com problemas de "slots", que são as faixas horárias para aterrar ou descolar.

José Lopes acredita que há "pequenos ajustamentos que podem ser feitos" no aeroporto "para nos permitir continuar a crescer nos próximos quatro verões, enquanto a solução Portela + 1 não entra em funcionamento".  José Lopes está convencido de que há períodos fora do pico em que há margem para "aumentar dois a três slots". Por outro lado, é necessário que o novo software de tráfego aéreo seja "implementado e colocado em funcionamento rapidamente". O responsável diz ainda que a capacidade da pista é "o principal problema do aeroporto neste momento".

Estamos a olhar para todas as rotas do portefólio (...) O nosso objectivo é que passem a ter voos diários. José Lopes, Director da Easyjet em Portugal
E quanto ao novo aeroporto do Montijo, que deverá ver a luz do dia em 2022? José Lopes diz preferir a Portela. "O nosso ADN é crescer em aeroportos principais. Em circunstâncias normais vamos continuar a operar e a crescer na Portela", afiança, sem fechar completamente a porta à margem sul. "Até 2022 faltam quatro anos, é demasiado cedo para prever o que vai acontecer".
 O novo aeroporto representa uma oportunidade. "O mais importante da solução Portela+1 é o facto de permitir que o espaço aéreo seja redesenhado", porque isso "vai permitir que haja mais capacidade no novo aeroporto e vai permitir que a Portela também cresça".
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