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Easyjet abandona Açores

A companhia aérea "low cost" vai voar pela última vez para Ponta Delgada em Outubro. A falta de disponibilidade de aviões para garantir uma "oferta de qualidade" e o aumento da concorrência justificam a decisão.

Bruno Simão/Negócios
23 de Março de 2017 às 10:31
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A Easyjet vai abandonar os Açores, deixando assim de voar para Ponta Delgada no final de Outubro. O anúncio foi feito esta quinta-feira, 23 de Março, por José Lopes (na foto), responsável da companhia aérea "low cost" para o mercado português.


A decisão é justificada em parte pelo aumento da concorrência, nomeadamente da Ryanair, que também faz a ligação àquela ilha dos Açores. À lista juntam-se também os reforços de operação anunciados pela TAP e SATA, que operam a mesma rota.


A Easyjet começou a voar entre Lisboa e Ponta Delgada a 29 de Março de 2015, dando início à liberalização do espaço aéreo açoriano.


"Com o aumento da concorrência, não vai existir um impacto negativo" para esbater os níveis de insularidade, acredita José Lopes. O responsável explica que a companhia não sai pela baixa ocupação dos voos. "Parte da culpa é da nossa conjuntura, que não temos mais capacidade de oferta", explica.


Para garantir uma "oferta de qualidade", a Easyjet acredita que teria de disponibilizar dois voos diários para Ponta Delgada. Neste momento, tem quatro voos de ida e volta por semana nesta rota. "Não temos disponibilidade de avião", diz o responsável.


Até porque a companhia tem previsto um reforço para o próximo Inverno em outros quatro aeroportos, com um aumento de 7% no número de lugares disponíveis. Em Lisboa há reforço nas ligações a Bordéus, Londres Luton, Lyon e Zurique. No Porto, a aposta é em Genebra e Londres Gatwick.


Faro assiste ao surgimento de duas novas rotas, para Nice e Lille, a que se junta o reforço em Londres Luton, Bristol e Paris. No Funchal, a rota para Basileia também cresce. Com estas novidades, a companhia aproxima dos 600 os seus voos semanais nas rotas portuguesas, metade dos quais no aeroporto de Lisboa.

O Governo Regional dos Açores, através do secretário regional dos Transportes e Obras Públicas, reagiu ao início da tarde. "Isso é uma situação que, não sendo desejável, decorre da competitividade de cada uma das empresas", declarou Vítor Fraga, lembrando ainda que este se trata de um mercado aberto.


(Notícia actualizada às 12:25 e às 15:40, com declarações do Governo dos Açores)

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