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Dona da ANA assina contrato de concessão de sete aeroportos em Cabo Verde
A concessionária detida pela Vinci Airports e a sua subsidiária portuguesa ANA vão gerir durante 40 anos sete aeroportos de Cabo Verde. O grupo francês diz que pretende apoiar a estratégia turística do país e apostar no desenvolvimento de energia solar e eólica.
O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, e Nicolas Notebaert (na foto), presidente da Vinci Airports, dona da ANA, assinaram esta segunda-feira o contrato de concessão de sete aeroportos do arquipélago.
Em comunicado, o grupo francês salienta que o contrato abrange quatro aeroportos internacionais (Praia, Sal, São Vicente e Boa Vista) e três domésticos (São Nicolau, São Filipe e Maio). É a primeira concessão que a Vinci Airports detém em África.
O grupo e a sua subsidiária portuguesa ANA (que detêm, respetivamente, 70% e 30% da concessionária) serão responsáveis durante 40 anos pelo financiamento, exploração, manutenção, ampliação e modernização dos aeroportos.
De acordo com a Vinci, o fecho financeiro do projeto deve ser finalizado em meados de 2023, quando a nova concessionária começará a operar as infraestruturas.
A Vinci Airports refere na mesma nota que como resultado do forte crescimento económico do país, ambiente político estável e um setor de turismo próspero, o tráfego aéreo aumentou em média 5,6% ao ano entre 2010 e 2019, com o número de passageiros a chegar a 2,8 milhões.
Apesar de a pandemia ter impactado a maioria dos destinos turísticos em todo o mundo, o tráfego aéreo atingiu 80% dos níveis de 2019 no segundo trimestre de 2022, adianta.
A Vinci Airports diz ainda que pretende apoiar a estratégia turística de Cabo Verde através de um projeto à medida de cada aeroporto (considerando diferentes segmentos de passageiros e considerações específicas da ilha).
Além disso, a empresa francesa implementará o seu plano de ação ambiental, que envolve o desenvolvimento de energia solar e eólica.
"Esta oportunidade em Cabo Verde permitirá à Vinci Airports aproveitar a experiência de 10 anos da ANA como concessionária que opera 10 aeroportos portugueses", frisa ainda.
Citado no comunicado, Nicolas Notebaert, CEO da Vinci Concessions e presidente da Vinci Airports, afirma a intenção de "impulsionar a indústria do turismo do país por meio de uma estratégia de crescimento de longo prazo", acrescentando que "melhorar as ligações e o desempenho dos aeroportos terá um impacto positivo no país".