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Despedimento coletivo na TAP reduz-se para 113 trabalhadores
O ministro das Infraestruturas contabilizou 113 trabalhadores da TAP que não aderiram às medidas voluntárias. No Parlamento, Pedro Nuno Santos negou ainda que a companhia esteja a cancelar voos por falta de trabalhadores.
O ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, contabilizou em 113 os trabalhadores da TAP "que não aderiram às medidas voluntárias" - menos 11 do que os que a companhia previa, no início de julho, incluir neste processo - e que serão assim abrangidos pelo despedimento coletivo.
No início de julho, a companhia aérea anunciou ter iniciado o processo de despedimento coletivo de 124 trabalhadores - que prevê concluir-se no último trimestre deste ano –, mas assegurou que durante uma fase inicial iria continuar a oferecer condições semelhantes às oferecidas nas fases voluntárias para os trabalhadores que optem por reconsiderar a sua decisão anterior de não aderir às medidas voluntárias, bem como manter a possibilidade de candidatura às restantes vagas na Portugália.
De acordo com o número avançado esta manhã no Parlamento, 11 trabalhadores terão revisto a sua posição, tendo em conta a possibilidade de aderirem a rescisões por mútuo acordo, reformas antecipadas, pré-reformas, trabalho a tempo parcial, licenças sem vencimento e a candidaturas a vagas disponíveis na Portugália.
Na comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, Pedro Nuno Santos salientou a redução do número inicial de 2.000 trabalhadores que teriam de sair da TAP para "113 que não aderiram às medidas voluntárias", frisando que a companhia "está a reduzir pessoal e custos laborais para sobreviver".
O ministro negou que a companhia esteja a cancelar voos por falta de trabalhadores. "Isso não existe", garantiu, em resposta a questões colocadas pelo Bloco de Esquerda.
Já em resposta ao PCP, assegurou que "ninguém está a reduzir a estrutura da TAP para passar serviços a terceiros".
Relativamente ao plano de reestruturação da companhia, que irá agora demorar mais tempo a ser aprovado por Bruxelas - que entendeu avançar com uma investigação aprofundada para dar resposta às questões levantadas pelo Tribunal de Justiça da União Europeia - , Pedro Nuno Santos frisou que "por questões de segurança jurídica é melhor perdemos alguns meses para fazer essa auscultação a terceiros", apesar de admitir que "gostávamos que o processo fosse mais rápido".