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Custos da TAP com atrasos aumentam 40 milhões em 2018

O presidente da companhia aérea admite culpas próprias nos voos atrasados, que obrigam a pagar compensações aos passageiros. Desviar voos de Lisboa para o Porto? “Não resolvo o problema fugindo do problema”, respondeu Antonoaldo Neves.

Lusa
15 de Novembro de 2018 às 15:58
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O presidente da TAP calculou esta quinta-feira, 15 de Novembro, em Vila Nova de Gaia, que a companhia aérea portuguesa "vai gastar 40 milhões de euros a mais por causa dos atrasos, que é praticamente o dobro do valor de 2017".

 

"É muito penalizante, não só para os clientes que perdem a conexão, mas também pelas compensações que somos obrigados a pagar pelos atrasos", sublinhou Antonoaldo Neves, que está no cargo desde Fevereiro deste ano.

 

Em declarações aos jornalistas à margem de uma conferência do JN sobre turismo da saudade, o gestor admitiu que "muita coisa é por culpa da TAP". Para reduzir os atrasos, detalhou, a empresa passou a ter três aviões de reserva, está a investir na ponte aérea com maior tempo de rotação e novos aviões, integrou o centro de controlo de operações e está a "eliminar a falta de tripulação".

 

Questionado sobre por que não aproveita a ponte aérea em sentido inverso, iniciando mais voos de médio e longo curso no Sá Carneiro, libertando tráfego no congestionado aeroporto da capital, Antonoaldo Neves respondeu que "os atrasos fazem parte dos desafios" e que "não [pode] deixar de voar porque [tem] desafios".

 

"Não posso deixar de treinar para uma corrida porque hoje ainda não corro bem. Eu não resolvo o problema fugindo do problema. Tenho de enfrentar e atacar o problema. E tenho a convicção de que vamos resolver o problema do aeroporto de Lisboa", acrescentou.

 

Reforço no Porto sem perder voos em Lisboa 

 

O presidente da transportadora assegurou que o volume de voos que terá no Norte do país em 2019 será "muito maior do que aquele que a TAP alguma vez teve" aqui. Entre outras, a empresa já anunciou novas rotas a partir da cidade Invicta para Lyon, Bruxelas e Munique, e voo para Newark (EUA) vai passar também a ser feito seis vezes por semana.

 

"Estas coisas são construídas a par e passo. Mas não é "ou". É "e". A TAP também vai crescer em Lisboa, há espaço para crescer em Lisboa. Não vemos a operação no Porto como ‘porque não consegue operar bem em Lisboa, então vem para o Porto’. Vemos os estudos de procura, olhamos à oferta é à concorrência. Não tomamos a decisão de ir para lá [Porto] porque aqui [Lisboa] não está bom. Não, tudo faz parte da estratégia da rede integrada da TAP. É muito mais importante do que decidir tirar de um lado para meter no outro. Não estou tirando de lado nenhum", concluiu Antonoaldo Neves.

(Título do artigo corrigido às 19:45. Os 40 milhões de euros em 2018 são o custo adicional para a TAP face ao ano passado, como já era referido na peça - e não o valor total da despesa com os atrasos dos voos.)

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