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Sérgio Monteiro: "O ponto de partida para a privatização da TAP são 1.100 milhões de euros"

Sérgio Monteiro disse no Parlamento que tendo em conta os 700 milhões que falta transferir e os 440 milhões que a TAP pode usar como crédito fiscal a privatização que o atual Governo quer levar a cabo tem de ter como base os 1.100 milhões de euros. A avaliação feita apenas à companhia aérea por consultoras em 2015 era até 641 milhões.

Miguel Baltazar
01 de Junho de 2023 às 20:39
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O antigo secretário de Estado dos Transportes, Obras Públicas e Comunicações, Sérgio Monteiro, referiu esta quinta-feira que na privatização da TAP levada a cabo em 2015 – com a venda de 61% à Atlantic Gateway - a PricewaterhouseCoopers (PwC) avaliou a companhia aérea (TAP SA) entre 462 milhões de euros e 641 milhões de euros, positivos.

Já a Delloite, acrescentou, em múltiplos de EBITDA, atribuiu à empresa um valor de 360 a 365 milhões de euros, também positivos.

"São todos valores positivos no transporte aéreo, depois traduzem-se num valor negativo por conta da empresa de manutenção no Brasil", salientou o ex-secretário de Estado do Governo de Pedro Passos Ceolho na comissão parlamentar de inquérito.

Para Sérgio Monteiro, o ponto de partida para a privatização que o atual Governo quer levar a cabo são 1.100 milhões de euros. Isto tendo em conta os 700 milhões, da injeção de 3,2 mil milhões de euros, que estão ainda por transferir, a somar a 440 milhões que a TAP pode utilizar a título de créditos fiscais, "de impostos futuros que podíamos receber e não vamos receber".

Questionado sobre a evolução do valor da TAP em 2015 face ao processo de privatização que foi lançado em 2012, em que o Governo acabou por recusar a venda a German Efromovich, o antigo governante comprometeu-se a dar esse valor aos deputados mais tarde. 

Sobre a venda à Atlantic Gateway, de Humberto Pedrosa e David Neeleman, Sérgio Monteiro quis ainda recordar que durante cinco anos após a alienação os novos acionistas só poderiam vender a sua posição na TAP – que poderia ser de 100% em 2017 pelo facto de estar prevista essa opção – "se o Estado permitisse".

O responsável disse ainda que por outro lado, após esse período de indisponibilidade das ações, "o Estado tinha o direito de preferência em caso de venda a outro operador" por conta do direito de preferência.  

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