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Comissão para o aeroporto responde a Santarém: afirmações são "especulativas"

Em reação às críticas da Magellan 500, o grupo de trabalho liderado por Maria Rosário Partidário refere que "como promotores apresentam posições coerentes com os seus interesses privados". Garante que vão avaliar as propostas feitas pelo consórcio na devida sede, de modo a respeitar o processo de consulta pública que termina esta sexta-feira.

Sara Ribeiro sararibeiro@negocios.pt 25 de Janeiro de 2024 às 18:40
A Comissão Técnica Independente (CTI) para o novo aeroporto prefere não fazer comentários específicos às críticas feitas esta quinta-feira pelo consórcio do aeroporto em Santarém. Questionada pelo Negócios, fonte oficial do grupo de trabalho liderado por Maria Rosário Partidário, fala em afirmações "especulativas" e diz que responderá apenas "quando tiver feito uma análise profunda de todas as pronúncias apresentadas", de modo a respeitar o processo de consulta pública que termina esta sexta-feira, 26 de janeiro.

"A CTI agradece os desafios lançados quotidianamente pelos operadores com interesses privados e até a divulgação pública de propostas com o objetivo de influenciarem a apreciação desta comissão", começou por explicar. "Acontece que a CTI é reconhecidamente independente e tais propostas serão analisadas na devida sede, com processos e metodologias próprias de análise. O que requer tempo e ponderação, até por respeito a todos os demais comentários recebidos, cujo mérito à partida deve merecer a mesma ponderação", acrescentou.

O Magellan 500, consórcio promotor do projeto para o novo aeroporto em Santarém, continua a defender que desenharam a melhor solução para a nova infraestrutura aeroportuária. Carlos Brazão, porta-voz do  consórcio, teceu várias críticas ao relatório preliminar da avaliação ambiental estratégica apresentado a 5 de dezembro, e que apontou o Campo de Tiro de Alcochete e Vendas Novas como as únicas soluções viáveis. E defendeu que  a análise da comissão técnica às zonas de influência não está conforme as recomendações da Comissão Europeia, o que acaba por ter múltiplas implicações

"Como promotores apresentam posições coerentes com os seus interesses privados, que são legítimos, mas recorrendo a afirmações e interpretações de análises e posições que a CTI não reconhece, e que, por conseguinte, se tornam especulativas", comentou a mesma fonte oficial.

O grupo de trabalho assegura ainda que "continuará a acautelar e salvaguardar o interesse público, o que implica ouvir todas as partes interessadas e respeitar um processo de consulta que ainda está em curso. Por mais mérito que tenham as pretensões apresentadas, a CTI responderá apenas quando tiver feito uma análise profunda de todas as pronúncias apresentadas".

"Recorda-se que de entre os princípios da avaliação estratégica realizada está o interesse público, a importância para o desenvolvimento nacional, no longo prazo e a sustentabilidade global da solução estratégica final", concluiu.
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