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Comissão para novo aeroporto mantém prazos e prevê entregar relatório até ao final este mês
A comissão técnica vai cumprir o calendário previsto e entregar até ao final do mês, ao "Governo em funções", o relatório final para a escolha da localização do novo aeroporto de Lisboa.
Apesar da crise política e das incertezas que acarreta, a Comissão Técnica Independente para o novo aeroporto de Lisboa assegura que continua a trabalhar na elaboração do relatório final que conta entregar até ao final deste mês.
"A CTI prossegue a sua atividade como Comissão Independente cumprindo com o seu mandato perante o país", disse ao Negócios fonte oficial do grupo de trabalho liderado por Maria Rosário Partidário.
A comissão vai cumprir o atual calendário e, nesse sentido, "o relatório final será posto a consulta pública depois de concluído, prevendo-se que tal aconteça no final deste mês", acrescentou.
A demissão do primeiro-ministro no seguimento da investigação aos negócios de lítio e hidrogénio - que resultou em cinco detenções e a constituição do ministro das Infraestruturas, João Galamba, como um dos arguidos - deixou o país envolto numa nuvem de incerteza governativa, nomeadamente a concretização de alguns dossiês que estavam em curso, como o novo aeroporto ou a venda da TAP.
A mesma fonte oficial acrescentou que o documento será entregue ao "Governo em funções" e "cumprirá o mandato de dar ao país um estudo técnico aprofundado que permitirá tomar decisões informadas e qualificadas sobre o novo aeroporto de Lisboa".
Quanto à decisão final sobre a localização, relembra que será política e "caberá a quem tiver legítimas competências para o fazer".
Atualmente, as localizações em estudo são Alcochete, Montijo, Santarém, Pegões/Vendas novas, Rio Frio e Poceirão.
A lista das opções que passaram a análise aprofundada inclui as cinco iniciais que constam da resolução de conselho de ministros: Humberto Delgado + Montijo; Montijo+Humberto Delgado; Campo de Tiro de Alcochete; Humberto Delgado+Santarém e Santarém.
E adicionou mais quatro: Pegões; Humberto Delgado+Pegões e Rio Frio+Poceirão e Humberto Delgado+ Alcochete. A última opção foi introduzida pela CTI, as outras três foram adicionadas no âmbito da consulta pública.
Acessibilidade e território, segurança aeronáutica, saúde humana e viabilidade ambiental, conectividade e desenvolvimento económico e investimento público e necessidade de financiamento foram os cinco fatores críticos selecionadas para a escolha da solução para o novo aeroporto da região de Lisboa. Os critérios vão ter o mesmo peso na avaliação das nove opções que estão em cima da mesa.