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CEO diz que a TAP não é um "sorvedouro de dinheiro"

Luís Rodrigues, em entrevista à revista Visão, diz que não faz sentido pensar que a TAP "só pode vingar com salários baixos".

Luís Rodrigues assumiu a presidência executiva e do conselho de administração da TAP a 14 de abril deste ano.
José Sena Goulão/Lusa
12 de Setembro de 2024 às 13:36
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O presidente da TAP diz que a competitividade da companhia não pode passar por cortes nas remunerações dos trabalhadores. "Havia uma ilusão de que a TAP só poderia vingar com salários baixos, o que não faz sentido. Se não lhes pagam, as pessoas não têm motivação para trabalhar. E se não lhes pagam aqui, pagam noutro lado", afirma Luís Rodrigues em entrevista à revista Visão, contestando a ideia de que a TAP é um "sorvedouro de dinheiro".

Luís Rodrigues afirma que, quando entrou na TAP, há um ano e meio, "o moral estava bastante mau". De então para cá registaram-se mudanças. "O mais importante" neste período "foi perceber que as pessoas recuperaram um pouco desse gosto em vestir a camisola".

Esta é a segunda passagem do gestor pela TAP. Entre junho de 2009 e dezembro de 2014 foi administrador executivo na empresa, integrando uma equipa liderada por Fernando Pinto. Até ingressar de novo na transportadora, em 2023, Luís Rodrigues era CEO da SATA, a companhia aérea açoriana, da qual tinha assumido o comando em 2019.

O CEO da TAP contesta a ideia da companhia ser uma espécie de poço sem fundo no que toca à utilização de ajuda financeira do Estado. "Há um erro de raciocínio na generalidade dos portugueses sobre a TAP ser um sorvedouro de dinheiro. Não é verdade. Neste milénio, desde 1999, a companhia nunca recebeu um centavo do erário público; a única vez em que isso aconteceu foi com a covid-19 [O Estado capitalizou a empresa com 2,5 mil milhões de euros], uma crise grave que afetou toda a gente e em que toda a agente recebeu dinheiro de alguma forma sublinha gestor na conversa com a revista Visão, publicada esta quinta-feira, 12 de setembro.

Luís Rodrigues passa ao lado da privatização da TAP e do interesse já manifestado pela Lufthansa, IAG (British Airways/Iberia) e Air France-KLM em entrar no capital da companhia, mas diz que mesmo quando isso vier a acontecer, a companhia "nunca vai ficar desapegada do sentimento coletivo português"

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