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CEO da TAP diz que companhia foi "saco de pancada" na comissão de inquérito

O CEO da TAP, Luís Rodrigues, vê como muito difícil que a privatização da companhia aérea ocorra no próximo ano, tendo em conta o calendário político.

Luís Rodrigues assumiu a presidência executiva e do conselho de administração da TAP a 14 de abril deste ano.
José Sena Goulão/Lusa
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A TAP prevê continuar em 2024 na rota do crescimento, mas com uma taxa mais moderada - entre os 3 e os 4% - face às previsões de abrandamento económico, afirmou esta terça-feira o CEO da companhia, Luís Rodrigues, num encontro com jornalistas.

O gestor considerou ainda, atendendo ao calendário político, que será muito difícil criar condições para a privatização da companhia. 

O CEO da TAP diz continuar a ser um defensor da privatização e "não vê razão" para as três interessadas -Lufthansa, IAG e Air France- terem perdido o interesse. Mas prefere não fazer comentários  sobre a percentagem ideal a alienar.

Depois de um ano de 2023 em que a TAP foi "um saco de pancada" na comissão parlamentar de inquérito (CPI), Luís Rodrigues acredita que com bons resultados "o país vai olhar para a TAP com outros olhos".

"2023 foi uma montanha russa", comentou, acrescentando que a equipa de gestão tem trabalhado para mudar o "foco" das notícias em torno da companhia aérea. E a prova desse trabalho é que "hoje as contas são outras", sublinhou, referindo-se aos lucros de 200 milhões de euros alcançados pela TAP nos primeiros nove meses do ano.

Sobre o novo aeroporto, Luís Rodrigues prefere também não fazer comentários sobre as conclusões da Comissão Técnica Independente (CTI) que recomendaram a solução dual Campo de Tiro de Alcochete + Portela até a nova infraestrutura ter duas pistas Depois, o objetivo seria fechar o Humberto Delgado.

No que toca às obras no aeroporto  - aprovada em conselho de ministros na semana passada - comentou apenas que "a TAP só quer o aeroporto tenha condições de eficiência que qualquer aeroporto deva ter".

Questionado sobre o ponto de situação da reposição do fim dos cortes salarias, o gestor garantiu que todos os salários vão ser repostos em dezembro e voltou a defender que se tratou de um "mal entendido".

Em causa estava o pagamento do ordenado dos trabalhadores sem os cortes salariais - levantados em agosto - a partir de novembro por faltar uma aprovação do gabinete de Fernando Medina. A informação foi comunicada aos trabalhadores numa nota interna, mas causou surpresa junto das Finanças, como noticiou o Expresso.

(Notícia atualizada às 15h50)
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