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CEO da TAP: “7.000 trabalhadores vão manter os postos de trabalho”

Ramiro Sequeira disse no Parlamento que a TAP não vai voltar a negociar com tripulantes e pilotos, que ainda não ratificaram os acordos de emergência. O recurso ao regime sucedâneo, salientou, o que visa é “assegurar a sobrevivência”.

DR
23 de Fevereiro de 2021 às 12:17
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O presidente executivo da TAP garantiu esta terça-feira que o recurso ao regime sucedâneo "não é uma ameaça, é um mecanismo para garantir que podemos tomar as medidas necessárias para assegurar a sobrevivência", salientando que com o plano em que está a trabalhar "7.000 trabalhadores vão manter os postos de trabalho".

"Esperamos não ter de utilizar" esse regime, afirmou Ramiro Sequeira, que salientou aos deputados que esta "não é uma questão política, é uma questão da pandemia", acrescentando que "a TAP não pode estar a voar 7%" e ter os mesmos custos.

"Não impusemos nada. Fizemos um plano que tendo conta a crise nos parece sustentável e credível para que Comissão Europeia possa aprovar a ajuda estatal" e que "permita uma retoma com a redução dos custos laborais e não laborais". Uma retoma que, frisou, tem de continuar no futuro, depois de 2024, "senão a TAP não vai sobreviver".

Isto porque, frisou, as concorrentes da TAP "também estão a reduzir massa salarial e a negociar com lessors". "É uma questão de sobrevivência". "Isto não foi imposto, o que foi imposto foi a crise", disse.

Ramiro Sequeira lembrou que a administração da companhia aérea fechou acordos de emergência com todas as 14 estruturas sindicais que representam os trabalhadores, referindo que dois ainda não submeteram à votação dos seus associados.

 "Consta que será feito no final desta semana", disse, reconhecendo que "o acordo assinado não é do agrado dos sindicatos nem da empresa, ninguém queria estar nesta situação".

"Não estamos a negociar com ninguém nem vamos negociar com ninguém. Nem que seja por respeito com os sindicatos com quem já fechamos acordo", assegurou, relativamente ao adiamento das assembleias no caso dos pilotos e dos tripulantes.

"Estamos a aguardar", disse Ramiro Sequeira, para lembrar que "a TAP não pode continuar sem aplicar as reduções que estão previstas, quer com fornecedores quer na massa salarial".

Questionado sobre o que acontecerá à companhia a partir de 2025, Ramiro Sequeira recordou que os acordos de emergência estão feitos até ao final de 2024 mas que a empresa e os sindicatos devem iniciar negociações dos Acordos de Empresa em vigor até final de março deste ano.

"Aí vai ser o fórum para tentar fazer uma reestruturação da empresa mais a longo prazo e mais estrutural", afirmou, para acrescentar que "a aviação como a conhecemos não voltará" e que em 2025 a companhia não pode voltar ao mesmo problema. "Não pode acontecer. Esta é oportunidade para restruturar a TAP".

Ramiro Sequeira disse ainda que inicialmente a companhia identificou um excesso de 3.000 trabalhadores, mas que esse número foi revisto para 2.000 ao considerar a operação em 2022. Com os acordos de emergência e o programa de medidas voluntárias, são 800 os trabalhadores excedentários.

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