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CEO da Boeing demite-se após problemas com o 737 e fracasso de missão espacial
Dennis A. Muilenburg será substituído, no cargo de CEO, pelo atual chairman David L. Calhoun, no próximo dia 13 de janeiro.
O CEO da Boeing, Dennis A. Muilenburg (na foto), apresentou esta segunda-feira, 23 de dezembro, a sua demissão do cargo, na sequência dos vários problemas com o 737 Max e o fracasso da missão espacial com a cápsula Starliner, este domingo.
Muilenburg será substituído pelo atual chairman David L. Calhoun, que assumirá o cargo de CEO a partir de 13 de janeiro. Até lá, a liderança da empresa fica a cargo de Greg Smith, atual CFO. A posição de chairman será ocupada Lawrence W. Kellner, membro do conselho de administração.
A demissão de Muilenburg foi revelada pela Boeing num comunicado que refere que "o conselho de administração decidiu que era necessária uma mudança de liderança para restabelecer a confiança na capacidade da empresa de seguir em frente, numa altura em que trabalha para reparar o relacionamento com reguladores, clientes e todos os restantes stakeholders".
A companhia acrescenta ainda que, com a nova liderança, a Boeing vai trabalhar com um "renovado compromisso com a total transparência", incluindo comunicações eficazes e pró-ativas com a Federal Aviation Administration (FAA), outros reguladores globais e os seus clientes.
"Acredito firmemente no futuro da Boeing e do 737 Max. Sinto-me honrado de liderar esta grande empresa e os 150 mil funcionários dedicados que estão a trabalhar arduamente para criar o futuro da aviação", afirmou Calhoun, citado no comunicado.
A demissão do CEO da Boeing acontece um dia depois de a cápsula espacial da empresa, a Starliner, sem tripulação a bordo, ter falhado a acoplagem com a Estação Espacial Internacional (EEI) e ter aterrado num deserto no oeste dos Estados Unidos.