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CEO da Boeing demite-se após problemas com o 737 e fracasso de missão espacial

Dennis A. Muilenburg será substituído, no cargo de CEO, pelo atual chairman David L. Calhoun, no próximo dia 13 de janeiro.

Michael Reynolds
23 de Dezembro de 2019 às 14:39
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O CEO da Boeing, Dennis A. Muilenburg (na foto), apresentou esta segunda-feira, 23 de dezembro, a sua demissão do cargo, na sequência dos vários problemas com o 737 Max e o fracasso da missão espacial com a cápsula Starliner, este domingo.

Muilenburg será substituído pelo atual chairman David L. Calhoun, que assumirá o cargo de CEO a partir de 13 de janeiro. Até lá, a liderança da empresa fica a cargo de Greg Smith, atual CFO. A posição de chairman será ocupada Lawrence W. Kellner, membro do conselho de administração.

A demissão de Muilenburg foi revelada pela Boeing num comunicado que refere que "o conselho de administração decidiu que era necessária uma mudança de liderança para restabelecer a confiança na capacidade da empresa de seguir em frente, numa altura em que trabalha para reparar o relacionamento com reguladores, clientes e todos os restantes stakeholders".

A companhia acrescenta ainda que, com a nova liderança, a Boeing vai trabalhar com um "renovado compromisso com a total transparência", incluindo comunicações eficazes e pró-ativas com a Federal Aviation Administration (FAA), outros reguladores globais e os seus clientes.  

"Acredito firmemente no futuro da Boeing e do 737 Max. Sinto-me honrado de liderar esta grande empresa e os 150 mil funcionários dedicados que estão a trabalhar arduamente para criar o futuro da aviação", afirmou Calhoun, citado no comunicado.

A demissão do CEO da Boeing acontece um dia depois de a cápsula espacial da empresa, a Starliner, sem tripulação a bordo, ter falhado a acoplagem com a Estação Espacial Internacional (EEI) e ter aterrado num deserto no oeste dos Estados Unidos.

O fracasso da missão foi mais um revés para o gigante da indústria aeroespacial, que já tinha a sua reputação manchada por dois acidentes da aeronave 737 Max ocorridos este ano, nos quais morreram mais de 300 pessoas.
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