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Boeing vai cortar 16.000 postos de trabalho após derrocada no trimestre
A área mais afetada – onde haverá uma redução de 15% - é a que se dedica aos aviões comerciais.
A Boeing vai travar a produção e despedir dezenas de milhares de empregados depois de ter registado perdas acima do esperado no primeiro trimestre do ano.
A fabricante de aviões já estava numa situação delicada devido às falhas do modelo 737 Max, que deram origem a múltiplas fatalidades, um obstáculo às vendas ao qual se soma agora a quebra abrupta nas viagens comerciais decorrente das políticas de isolamento para conter a pandemia de coronavírus.
A empresa declarou que irá reduzir em 10% a força de trabalho, o que se traduz em menos 16.000 funcionários. A área mais afetada – onde haverá uma redução de 15% - é a que se dedica aos aviões comerciais.
"A procura para viagens de aviação comerciais está em queda livre", explicou o CEO, Dave Calhoun. Desta forma, as companhias aéreas têm vindo a adiar a aquisição de novas naves.
A empresa perder 1,7 mil milhões de dólares nas receitas das operações principais, uma perda maior do que era esperado. A Southwest Airlines revelou que adiou a entrega de pelo menos 55% das naves que tinha acordadas com a Boeing, e que estavam agendadas para serem recebidas neste ano ou no próximo.
Já esta terça-feira a fabricante de aeronaves apresentou perspetivas muito negativas para os próximos anos, levando o CEO a pôr em causa a distribuição de dividendos até, possivelmente, 2025.