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Autoridades de aviação querem português como língua de trabalho
As autoridades reguladoras de aviação civil da lusofonia querem que o Português passe a ser uma das línguas de trabalho na Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) e vão debater o tema num encontro em Maputo, anunciou a organização.
A Comunidade das Autoridades de Aviação Civil Lusófona (CAACL) reúne-se a partir de segunda-feira e até quinta, uma reunião em que a presidência rotativa será entregue por Moçambique a Portugal.
O Português está entre os idiomas de trabalho nas Nações Unidas, mas ainda não tem o mesmo reconhecimento na ICAO, que é uma agência especializada da ONU, refere João Abreu, presidente do Instituto de Aviação Civil de Moçambique.
"Somos obrigados a traduzir documentos para a nossa língua, porque o direito civil nos nossos países obriga que os documentos estejam na língua oficial", mas no processo de tradução há aspectos relativos ao conteúdo que se perdem, refere, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).
O encontro servirá para trocar experiencias quanto ao "alinhamento dos regulamentos, normas e troca de experiências naquilo em que há debilidades de um lado e outro".
Durante a presidência de Moçambique, a CAACL passou a integrar a área empresarial da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
"A maior conquista foi aquela que nos permitiu estar a dialogar com a CPLP", referiu João Abreu.
Aquele responsável destaca ainda a aposta em formação e a criação de uma biblioteca disponível no portal do IACM, onde é partilhado todo o acervo de documentação técnica, bem como as experiências dos países.
A CAACL foi constituída em 2 de Novembro de 2007 e assume-se como um fórum de reflexão e concertação para o sector da aviação civil nos países lusófonos.
Uma das linhas de acção da comunidade passa por eliminar assimetrias e tentar fazer com que todas as autoridades de aviação civil tenham um denominador comum na regulamentação disponível.