Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Aparelho criado no Porto ajuda piloto a decidir se aterra em caso de passageiro doente

Uma equipa de estudantes do Porto está a desenvolver um aparelho medidor de sinais vitais que visa ajudar pilotos de avião a decidir se devem ou não aterrar de emergência quando um passageiro se sente mal durante um voo.

Bloomberg
19 de Maio de 2018 às 13:27
  • ...

Chama-se "FlySafe" o aparelho medidor de sinais vitais que visa ajudar pilotos de avião a decidir se devem ou não aterrar de emergência quando um passageiro se sente mal durante um voo, que está a ser desenvolvido por uma equipa de estudantes do Porto.

 

"Geralmente, em situação de emergência relacionada com a saúde de um passageiro, o comandante do avião não possui muito tempo para discernir sobre se deverá ou não aterrar de emergência, nem para contactar alguém em terra para pedir aconselhamento", disse à agência Lusa Tiago Gonçalves, finalista de Bioengenharia na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

 

Segundo o co-fundador do projecto "FlySafe", as aterragens de emergência possuem "consequências muito graves" para o ambiente e para a manutenção do avião, acarretando ainda custos para a companhia aérea.

 

No sentido de solucionar esse problema, a equipa está a desenvolver um dispositivo móvel que auxilia a uma decisão mais fundamentada sobre a aterragem de emergência.

 

Esta tecnologia inclui um conjunto de sensores para medir os sinais vitais do passageiro, como a temperatura corporal, a pressão sanguínea, a oximetria (quantidade de oxigénio no sangue) e um eletrocardiograma (ECG).

 

Além dessas informações, o dispositivo móvel permite o registo de observações por parte do membro da tripulação responsável pela recolha dos sinais vitais, dando origem a um relatório que o sistema envia para um hospital.

 

No hospital, o médico de serviço analisa o relatório recebido e estabelece contacto com o voo, podendo pedir fotos ou acesso ao vídeo do dispositivo para visualizar o paciente.

 

O último passo é o contacto entre o médico e o comandante do voo, para que este último decida sobre a necessidade de aterrar de emergência, referiu Tiago Gonçalves.

 

Nos casos em que essa necessidade se verifica, a interface do sistema estabelece contacto directo com o aeroporto mais próximo, fazendo-se o pedido para a aterragem, acrescentou.

 

Para uma fase seguinte, a equipa começou a desenvolver uma bracelete para 'smartwatch', com vários sensores que medem a temperatura ambiente, a temperatura corporal, a pressão sanguínea, a oximetria e o ECG.

 

Essas informações são depois enviadas para uma aplicação do "smartwatch", onde o utilizador pode consultar os dados, bem como ter acesso a notificações relacionadas com saúde e bem-estar.

 

No projecto participam ainda Vítor Minhoto, também estudante do mestrado integrado em Bioengenharia, da FEUP, e Abhishek Chatterjee, doutorado em design pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e mentor do projecto.

 

O "FlySafe" integrou a 3.ª edição do Business Ignition Programme (BIP), programa que decorreu entre Fevereiro e Abril deste ano, financiado pelo Norte 2020, Portugal 2020 e União Europeia e organizado pela U.Porto Inovação, pelo Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto (CIIMAR) e pelo INESC TEC.

 

O objectivo deste programa passa por auxiliar equipas na estratégia de valorização dos seus projectos de investigação.

 

Ver comentários
Saber mais flysafe pilotos emergência faculdade de engenharia universidade do porto tiago gonçalves
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio