Notícia
Aeroportos portugueses com menos 71,8% de passageiros nos meses de verão
A Vinci diz que os aeroportos nacionais sofreram com a falta de turistas britânicos e que o tráfego no Porto e em Faro mostrou, no terceiro trimestre, maior resiliência do que em Lisboa, que sofreu com a queda significativa dos voos de longo curso.
Os aeroportos portugueses acumulam nos primeiros nove meses do ano uma queda de 67,5% no número de passageiros, revelou a Vinci Airports, dona da ANA, adiantando que só nos meses de verão, entre julho e setembro, o recuo, em termos homólogos, atingiu os 71,8%.
No total, até setembro, passaram pelos aeroportos nacionais 14,9 milhões de passageiros, dos quais cerca de 7,8 milhões pelo de Lisboa, sendo que em janeiro e em fevereiro, antes das restrições ditadas pela pandemia de covid-19, as infraestruturas cresciam a dois dígitos.
Nos primeiros nove meses deste ano, o aeroporto de Lisboa regista uma redução de 67,3% no movimento de passageiros, enquanto o do Porto chega aos 63,4%. Faro regista a queda mais elevada até setembro, de 74,5%. Nos Açores e Madeira a descida é de 64,1% e 64,6% respetivamente.
Só no terceiro trimestre o aeroporto Humberto Delgado apresenta uma redução do número de passageiros de 76,9% face ao mesmo período de 2019, sendo a infraestrutura com a maior descida. Nos três meses de verão Faro apresentou uma quebra de 70,2%, a Madeira de 69,3%, o Porto de 64,2% e os Açores de 62,1%.
Em comunicado, a Vinci Airports salienta que "como as restrições foram suspensas para pessoas que entram no país antes da temporada de verão, o número de passageiros que viajam de férias ou para visitar amigos e familiares aumentou gradualmente de outros países europeus, como França, Alemanha, Suíça e Bélgica".
No entanto, frisa que os aeroportos nacionais "sofreram com a falta de turistas britânicos, uma vez que o país só foi incluído na lista de corredores de viagens do governo do Reino Unido por alguns dias entre o final de agosto e o início de setembro".
Segundo a empresa, no terceiro trimestre "o tráfego do Porto e de Faro mostrou maior resiliência do que Lisboa, que sofreu com a queda significativa dos voos de longo curso, causada pela redução de capacidade da companhia aérea nacional TAP".
No conjunto dos aeroportos geridos pelo grupo francês no mundo a queda no número de passageiros foi de 79,1% no terceiro trimestre, depois de ter atingido 96% no segundo trimestre.