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Aeroporto: Governo já tem acordo com Força Aérea e estuda transferir voos executivos para Tires

O ministro das Infraestruturas defendeu no Parlamento uma abordagem integrada entre Força Aérea, NAV e ANA para operacionalizar um aeroporto que "teremos nos próximos 10 a 12 anos".

José Sena Goulão/Lusa
07 de Março de 2023 às 16:55
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O ministro das Infraestruturas, João Galamba, afirmou esta terça-feira no Parlamento, numa audição sobre o ruído noturno provocado pelo tráfego aéreo no aeroporto de Lisboa, que o Governo já chegou a acordo com a Força Aérea para a libertação de espaço aéreo e que já pediu um parecer à Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) para desviar os voos executivos para o aeroporto de Tires.


"Enquanto tivermos o aeroporto Humberto Delgado e não tivermos outras soluções definitivas para Lisboa – irá sempre causar perturbações a quem vive em Lisboa durante 10 ou 12 anos", disse, acrescentando que  "teremos de viver com isso" e "gerir os constrangimentos".


João Galamba defendeu que "nunca há uma medida que por si só tenha impacto", frisando ser necessário uma "abordagem integrada" e salientando que está a ser feito trabalho com a Força Aérea, NAV e ANA. "A coordenação das três entidades é essencial para avançar. Todas elas se desculpavam com a outra", apontou.

 

"Já chegamos a acordo com a Força Aérea para a libertação de espaço aéreo, a NAV já tem o novo sistema integrado, a nossa aposta é na melhoria operacional, de forma a reduzir o problema do aeroporto e da TAP, que são os atrasos, devidos a constrangimentos que tem o Humberto Delgado", disse.

"Está tudo em andamento", assegurou ainda o ministro das Infraestruturas, adiantando que relativamente à possibilidade de tirar a aviação executiva do aeroporto de Lisboa "já foi pedido um parecer a ANAC para desviar esses voos para o aeroporto de Tires". Uma solução, acrescentou, que "agrada ao presidente da Câmara de Cascais". "É mais uma maneira de desviar voos e melhorar a operação".

Já sobre os constrangimentos no aeroporto da capital, João Galamba disse que "a ANA tem de cumprir os investimentos previstos no contrato de concessão", mas reconheceu que "convém que esses investimentos sejam proveitosos".

Sobre o plano de ruído apresentado pela ANA, que prevê intervenções de isolamento acústico em edifícios localizados junto à infraestrutura, João Galamba sublinhou ainda que "como concedentes da ANA temos de garantir que a ANA faz os investimentos que está obrigada a fazer. E que faça o mais rapidamente possível".

João Galamba considerou a solução proposta pelo grupo de trabalho que analisou o ruído dos voos noturnos na capital equilibrada, ao propor a introdução de restrições no período entre a 1h e as 5h, assim como a penalização através das taxas de aviões mais ruidosos.

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