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Vodafone diz que decisão da ANACOM de não abrir fibra óptica da Meo prejudica Portugal

A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) anunciou hoje que mantém a sua decisão de não impor à meo a abertura a outros operadores do acesso à sua rede de fibra óptica em áreas remotas e rurais, discordando assim da recomendação da Comissão Europeia nesse sentido.

Bruno Simão/Negócios
23 de Dezembro de 2016 às 19:34
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A Vodafone lamentou esta sexta-feira, 23 de Dezembro, que a Anacom se recuse a impor à Meo a abertura a outros operadores do acesso à sua rede de fibra óptica em áreas remotas e rurais, acrescentando que esta decisão tem "um custo para Portugal".

"É lamentável que uma vez mais a Anacom tome uma não decisão. O lançamento de uma nova consulta pública não é mais do que adiar 'sine die' este tema", afirmou o presidente executivo da Vodafone, Mário Vaz (na foto), numa resposta escrita enviada à agência Lusa.

A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) anunciou hoje que mantém a sua decisão de não impor à meo a abertura a outros operadores do acesso à sua rede de fibra óptica em áreas remotas e rurais, discordando assim da recomendação da Comissão Europeia nesse sentido. O regulador decidiu também abrir um processo de consulta pública sobre esta decisão que decorrerá por 20 dias úteis.

"A posição hoje divulgada está totalmente desalinhada com a visão da Comissão Europeia (que por duas vezes expressou a sua opinião sobre este tema), dos pares da Anacom (BEREC) e dos operadores alternativos", considerou Mário Vaz.

O CEO da Vodafone defendeu também que "a desresponsabilização do regulador tem um custo para Portugal", considerando que "não se pode ter um País a duas velocidades, sobretudo quando tanto se fala na importância da revolução digital para combater assimetrias regionais e promover o desenvolvimento nacional".

"A factura já está a ser paga pelas populações, penalizadas pela falta de concorrência, traduzida na menor inovação, num pior serviço e ofertas mais caras. A longo prazo os prejuízos para a economia nacional serão irreversíveis", disse.

Mário Vaz lembrou ainda que a Vodafone defende o modelo de coinvestimento nas infraestruturas de redes de nova geração, considerando que "é o que melhor defende os interesses de Portugal e esta é uma oportunidade única de o regulador promover as condições para o reforço deste modelo".

"Os operadores devem concorrer entre si pela inovação e pela qualidade do serviço e não pelo monopólio geográfico nas zonas não competitivas que, pelas condições geográficas e económicas que apresentam, não permitem o investimento individual por parte dos operadores alternativos", considerou.

Nesse sentido, o presidente executivo da Vodafone diz que a empresa vai analisar novamente a posição da ANACOM, bem como os fundamentos que a mesma terá apresentado para se desviar da recomendação da Comissão Europeia e "ignorar as sérias dúvidas" que Bruxelas levantou.

No início de Dezembro, a Comissão Europeia recomendou à Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) que imponha à MEO a abertura aos outros operadores do acesso à sua rede de fibra óptica em áreas remotas e rurais, de acordo com recomendação publicada na semana passada.
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