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Sonaecom lucra 48,1 milhões de euros com liquidações de subsidiárias na Holanda

Um efeito positivo na rubrica de impostos, conjugado com a aquisição de fundos, permitiu à Sonaecom cifrar os lucros de 2016 nos 48,1 milhões de euros, mais 39% que no ano anterior.

Pedro Elias/Negócios
13 de Março de 2017 às 17:31
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A Sonaecom lucrou 48,1 milhões de euros pelo ano de 2016, o que a empresa atribui a dois factores. Um deles está relacionado com a entrada de 22,2 milhões de euros na rubrica de impostos (em vez de um valor negativo que significa pagamento) que a empresa liderada por Ângelo Paupério explica com a liquidação de duas subsidiárias na Holanda - a Sonaecom BV e a Sonaetelecom BV.

Além deste fenómeno fiscal, a Sonaecom justifica a subida de 39% dos lucros de 2016 com resultados indirectos de 28,5 milhões de euros "relacionados com a aquisição da Armilar Venture Funds". Sem este efeito, os lucros teriam ficado nos 19,3 milhões de euros, o que significaria menos 41,7% que no ano anterior, mesmo com o efeito fiscal positivo.

Isto porque a Sonaecom teve resultados antes de impostos negativos, de 2,8 milhões de euros, já que o EBITDA de 17,9 milhões de euros foi consumido com amortizações e depreciações (um aumento de 43,2% para 15,5 milhões de euros) e com os resultados financeiros que tiveram um custo líquido de 5,3 milhões de euros, "influenciados negativamente pelo ajustamento ao justo valor da participação directa na Nos, que tem por base o preço de mercado até à sua venda e que resultou num valor negativo de 15,7 milhões de euros", não compensando os dividendos de 1,8 milhões de euros recebidas pela Nos e da mais-valia gerada pela venda de 2,14% que a Sonaecom detinha directamente na operadora de telecomunicações.

A Sonaecom consolida a Nos pelo método de equivalência patrimonial, já que detém participação na Nos através da Zopt, onde detém 50%, sendo os outros 50% de Isabel dos Santos. A cotação da Nos caiu mais de 20% em 2016. 

Além desta área de telecomunicações, a Nos tem uma componente grande nas tecnologias, com participações WeDo, Saphety, S21Sec, Bizdirect, InovRetail, Britght Pixel, Stylesage e mais recentemente em três fundos de capital de risco - Armilar Venture Funds - adquiridos ao Novo Banco e que lhe permitiram entrar em empresas como a Outsystems e Feedzai.

A parte de tecnologia teve um volume de negócios de 116,7 milhões de euros, apurando um EBITDA de 4,7 milhões de euros. 

A Sonaecom detém, ainda, o jornal Público, do qual não são revelados muitos indicadores. Revela-se que o EBITDA recorrente foi negativo de 2,5 milhões.

(Notícia actualizada às 17:54 com mais informações)
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