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Saída de administrador financeiro custou 1,17 milhões aos CTT

André Gorjão Costa terminou as suas funções de administrador financeiro nos CTT em Dezembro, antes do final do mandato. Recebeu por isso uma indemnização. Francisco Lacerda recebeu mais de remuneração base, mas menos no total.

André Gorjão Costa, administrador dos CTT, fala dos desafios da regulação para o sector postal.
Pedro Elias/Negócios
08 de Março de 2018 às 14:50
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André Gorjão Costa saiu dos CTT, onde desempenhava a função de administrador financeiro, em Dezembro último. E teve de ser compensado por não ter saído em fim de mandato.

De acordo com informação dos CTT, "os CTT registaram a 31 de Dezembro de 2017 um gasto com pessoal de 1.173.111 euros respeitante ao valor global máximo a liquidar pela sociedade ao ex-administrador no contexto da cessação antecipada de funções".

Pelas suas funções, a remuneração base totalizou, em 2017, 631 mil euros, sendo 446 mil euros remuneração fixa.

De acordo com o relatório do Governo das Sociedades dos CTT, disponibilizado aos accionistas para votação em assembleia-geral, marcada para 18 de Abril, a comissão executiva recebeu um total de 3,258 milhões de euros, o que compara com os 3,457 milhões no ano anterior. Ainda assim, em 2017 foram pagas remunerações a administradores que entretanto saíram.

O presidente dos CTT, Francisco Lacerda, viu a remuneração total baixar, mas a remuneração fixa subir. Em 2017, Francisco Lacerda recebeu um total de 895 mil euros, o que compara com os 925 mil euros de 2016. Mas em termos de remuneração fixa, o CEO dos CTT viu-a subir de 513,7 mil euros para 620,2 mil euros, uma subida de 20%. Francisco Lacerda vai ter em 2018 uma descida de 25% na remuneração base, conforme já tinha anunciado, no âmbito do plano de reestruturação.

Os restantes elementos da comissão executiva e do conselho de administração vão ter um corte na remuneração base, em 2018, de 15%. As remunerações bases da comissão executiva, em 2017, atingiram os 2,36 milhões de euros, o que compara com os 2 milhões de 2016.

A comissão de auditoria – que era liderada por António Gomes da Mota mas o qual foi substituído em Abril por Maria Luísa Anacoreta Correia – representou um custo de 248 mil euros em 2017, o que compara com os 254,9 mil euros em 2016.

Todos os elementos fazem parte do conselho de administração, com funções não executivas.

O resto do conselho de administração, com funções não executivas, custou aos CTT 479,5 mil euros, face aos 160 mil euros em 2016. 

Gomes da Mota passou em Abril a ser presidente do conselho de administração, função pela qual recebeu em 2017 244 mil euros (a que se juntam os 44,6 mil euros recebidos antes dessa nomeação).
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