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Queixas contra Meo subiram 47% em 2017

As queixas continuam a aumentar nas telecomunicações. A Meo foi a que teve a maior subida nas reclamações. Mas também a Vodafone e a Nos motivaram um crescimento nas reclamações.

Miguel Baltazar
Alexandra Machado amachado@negocios.pt 15 de Março de 2018 às 15:26

A Meo foi o operador de telecomunicações que teve o maior aumento nas reclamações de 2017, face ao ano anterior, informou esta quinta-feira, 15 de Março, a Anacom - Autoridade Nacional das Comunicações, num comunicado a propósito do Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, e no qual divulga que iniciou o lançamento de vídeos informativos. O primeiro tem a ver com os cuidados a ter nos contratos à distância.

Em relação às reclamações, a Meo teve um aumento de 47%, enquanto a Vodafone subiu 31% e a Nos 14%. Mesmo a Nowo, que tem menos clientes, teve uma subida nas reclamações de 4%, duplicando face aos 2% que tinha tido em 2016.

Ainda assim, Meo, Nos e Vodafone foram responsáveis por 94% das reclamações nas telecomunicações.

"Os principais motivos de reclamações estiveram relacionados com cancelamentos, venda de serviços e facturação", revela a Anacom que ainda está a ultimar o apuramento das estatísticas de 2017.

No sector postal, outra área regulada pela Anacom, são os CTT os maiores alvos das reclamações, com 93% do total. E observou um aumento de queixas de 47% face a 2016. "Os principais motivos de reclamações estiveram relacionados com atrasos significativos na entrega da correspondência, extravios e demoras no atendimento", explica o regulador.

Para a Anacom torna-se, assim, "de máxima urgência a inversão da evolução das reclamações que se tem observado", devendo os operadores "implementar medidas de informação clara aos clientes, de eficiência no atendimento e de resolução das queixas". A Anacom diz que fará a sua parte, com melhoria da informação aos consumidores através de acções próprias, determinações e recomendaçãos aos operadores, e abertura de processos sancionatórios de práticas comerciais ilegais. E acrescenta que sempre que considere adequado "continuará a propor alterações à lei que se revelem essenciais para assegurar a protecção dos direitos dos consumidores".

A Anacom aproveita, ainda, para salientar a importância das reclamações electrónicas. Nos livros de reclamações físicos houve um crescimento de 3%, mas juntando as reclamações electrónicas as queixas subiram, afinal, 35%. No conjunto de 2017, houve um total de 72 mil queixas. Em relação ao livro físico, a Anacom deixa também uma crítica: "dois dos maiores operadores de comunicações (a Meo e os CTT) continuam a enviar em papel à Anacom as reclamações que recebem, apesar da insistência que tem sido feita para que as mesmas sejam enviadas já tratadas em suporte digital".

Depois de ter feito o comunicado, a Anacom esclareceu que os CTT substituíram desde 22 de Janeiro "o envio das folhas de reclamação em papel pelo envio por email de uma imagem digitalizada, aguardando-se que passem a submeter as reclamações através da plataforma digital".

Já a Meo comprometeu-se esta quinta-feira, 15 de Março, "a submeter na plataforma as reclamações relativas às lojas que ainda faziam o envio em papel e que perfazem 78% do total".

(Notícia actualizada às 18:12 com o esclarecimento da Anacom sobre o envio electrónico das queixas dos CTT e Meo)

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