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PT SGPS: "OPA caiu porque não cumpria legalidade"
A administração da PT SGPS respondeu esta segunda-feira, 29 de Dezembro, à Terra Peregrin que considerou ter havido interesses menos transparentes que conduziram à retirada da oferta pública de aquisição.
Isabel dos Santos retirou a sua oferta pública de aquisição (OPA) sobre a PT SGPS a 23 de Dezembro, deixando acusações de que teria havido "interesses menos transparentes" que conduziram à retirada da sua proposta de compra.
E dirigiu uma acusação directa: "interrogamo-nos sobre os interesses menos transparentes que levaram a administração da PT SGPS a opôr-se à chegada da OPA ao mercado, incluindo a difusão de informação comprovadamente falsa".
Seis dias foi quanto demorou a administração da PT SGPS a responder à Terra Peregrin. E num "esclarecimento" afirma que "a OPA caiu porque da forma como foi lançada, não cumpria na íntegra a legalidade à luz da lei portuguesa, como se pode verificar pela actuação da CMVM".
A CMVM considerou que a Terra Peregrin para não ter de lançar uma OPA subsequente teria de aumentar o valor da contrapartida para uma média de seis meses da cotação da PT.
A administração da PT diz ainda que a OPA tinha subjacente um conjunto de condições que dependia de terceiros "ou da vontade arbitrária da oferente, o que conferia que não se afigurava como verdadeira alternativa para os accionistas da PT SGPS". É esta a explicação que a administração da PT dá para se ter pronunciado negativamente em relação à oferta.
A administração prefere dizer que se "limitou a chamar a atenção para estas verdades, nada tendo contra esta ou qualquer outra OPA, nesse sentido, e na verdade a PT SGPS procurou foi a evolução da OPA para que fossem retiradas as condições e ter um preço melhorado, para que efectivamente pudesse ser uma alternativa a considerar pelos accionistas".