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Isabel dos Santos retira OPA sobre a PT SPGS

A decisão da Terra Peregrin surge depois da CMVM ter obrigado a empresa de Isabel dos Santos a elevar o preço da oferta.

Isabel dos Santos à saída da reunião que durou cerca de 30 minutos
Miguel Baltazar/Negócios
23 de Dezembro de 2014 às 17:48
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Seis dias depois da decisão da CMVM de não aceitar o pedido de derrogação de Isabel dos Santos, a Terra Peregrin veio confirmar que não reforçará a oferta e nessa medida retira a sua oferta.

 

Na justificação que enviou ao mercado através de comunicado, a Terra Peregrin refere que "quando apresentou o seu pedido de derrogação do dever de lançamento de oferta pública subsequente, o fez convicta de que o mesmo seria aceite, atendendo aos argumentos e fundamentos apresentados pela Oferente, todos eles, no seu entendimento, com cabimento legal".

 

E nos últimos seis meses "foram divulgados factos excepcionais, até então imprevisíveis e desconhecidos do mercado que tiveram um impacto acentuado na evolução bolsista das acções da PT SGPS, acção com elevada liquidez".

 

Entre estes factos, a empresa de Isabel dos Santos refere o não cumprimento do reembolso dos instrumentos Rioforte à Oi, S.A., ao subsequente acordo quanto aos novos termos da combinação de negócios entre a PT SGPS e a Oi, bem como à decisão do Tribunal de Comércio do Luxemburgo de não aceitar o processo de "gestão controlada" da Rioforte.

 

A Terra Peregrin refere ainda que "a presente oferta nunca pretendeu ser hostil e que fez todos os esforços ao seu alcance para a fazer chegar ao mercado".

 

A CMVM considerou que Isabel dos Santos tinha de subir o valor da OPA (oferta pública de aquisição) sobre a PT SGPS, se não quisesse lançar outra oferta subsequente. A oferta era de 1,35 euros por acção e para cumprir a decisão da CMVM, Isabel dos Santos teria que elevar o preço da OPA para cerca de 1,90 euros por acção.

 

Os títulos da PT SGPS fecharam esta terça-feira a subir 1,82% para 1,006 euros, já com o mercado a assumir que a OPA não iria em frente.

 

O regulador não aceitou os argumentos da Terra Peregrin, a empresa de Isabel dos Santos que lançou a OPA, de que a situação da PT SGPS se tinha alterado e, como tal, não deveria ser tomada em conta a média ponderada dos últimos seis meses.

 

(notícia actualizada às 18h00 com mais informação)

 

 

 

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