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Pharol vai distribuir dividendos de 3 cêntimos por acção

A Pharol vai propor a distribuição de um dividendo de 3 cêntimos por acção referente ao exercício de 2015, período em que registou prejuízos de 694 milhões de euros. Desde 2014 que a ex-PT SGPS não distribuía dividendos.

Luís Palha da Silva, presidente da Pharol, diz esperar que não seja demorada a entrada dos processos em tribunal.
Pedro Elias/Negócios
28 de Abril de 2016 às 19:09
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A ex-PT SGPS vai voltar a distribuir dividendos. De acordo com um comunicado emitido esta quinta-feira, 28 de Abril, à CMVM a Pharol vai propor aos accionistas a distribuição de um dividendo de 3 cêntimos por acção referente ao exercício de 2015. No total, a Pharol destinará aos accionistas cerca de 26 milhões de euros.

Segundo o comunicado, "considerando os excedentes de tesouraria actualmente existentes, o conselho de administração irá propôr aos Acionistas a atribuição de um dividendo de0,03 euros por acção".

O dividendo pressupõe uma taxa de rentabilidade de 21,4% tendo em conta o valor de fecho da sessão desta quinta-feira, 28 de Fevereiro.

"A optimização e a distribuição aos accionistas de qualquer excedente de tesouraria tem sido preocupação da gestão e o conselho de administração deu passos significativos nesse sentido ao iniciar um processo de compras regulares de acções próprias e ao propor a atribuição de um dividendo a ser decidido na próxima Assembleia Geral de acionistas", explica Luís Palha da Silva no mesmo documento.

A última vez que a ex-PT SGPS, veículo que ficou com a dívida da Rioforte no valor de 897 milhões de euros e a participação de 27,5% na Oi, distribuiu dividendos foi em 2014, relativos às contas de 2013. Na altura, remunerou os accionistas em 10 cêntimos por acção, totalizando 90 milhões de euros.

A sociedade gestora de participações sociais tinha um plano de distribuição de dividendos no valor de 10 cêntimos para 2014 e 2015. Porém, devido aos prejuízos de 289,2 milhões de euros registados em 2014, em 2015 a empresa não avançou com a remuneração aos accionistas.

Além disso, como a Oi é o único activo da Pharol, a empresa agora liderada por Palha da Silva ficou dependente da distribuição de dividendos pela operadora brasileira que em 2015 anunciou o cancelamento da política de dividendos até 2016.

O pagamento de 3 cêntimos representa uma redução avultada face ao montante relativo ao exercício de 2014 e anos anteriores, quando a PT distribuía dividendos avultados.

Em 2013 a PT SGPS reduziu a sua remuneração accionista de 32,5 cêntimos para 10 cêntimos, enquanto em 2011 pagou 0,65 euros por acção.

Já em 2010, quando vendeu a Vivo à Telefónica distribuiu um dividendo extraordinário de 1,65 euros por acção.

A Pharol fechou 2015 com prejuízos de 694 milhões de euros, uma melhoria de 8,6% face ao ano anterior.

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