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Pharol perde única nova administradora a pedido da própria
Maria Rita de Sousa Coutinho, que fazia parte do novo elenco do conselho de administração da Pharol que vai ser proposto aos accionistas da empresa, na assembleia-geral de 25 de Maio, pediu para sair da lista alegando “razões pessoais”.
Em comunicado publicado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), na noite desta sexta-feira, 18 de Maio, a Pharol informa que Maria Rita de Sousa Coutinho foi retirada, a pedido da própria, da lista proposta de administradores que será votada na assembleia-geral da empresa, que está marcada para 25 de Maio, em Lisboa.
O presidente da mesa da assembleia-geral da Pharol decidiu retirar o nome de Maria Rita de Sousa Coutinho da lista a sufrágio dos accionista na sequência de uma carta assinada pela gestora em que "a mesma manifestava não considerar reunidas, por razões pessoais, as condições para vir a assumir as funções de administradora da Pharol".
"Em razão da impossibilidade superveniente que com ela é comunicada, entendo que o nome da Senhora Dra. Rita de Sousa Coutinho se deve considerar removido da lista a submeter à assembleia-geral", lê-se no mesmo comunicado.
A entrada de Maria Rita de Sousa Coutinho era uma das poucas novidades da proposta para o conselho de administração da Pharol para o novo mandato (2018-2020).
A carreira desta gestora, que em São Paulo desempenha funções na consultora Ocean, da qual foi fundadora, esteve quase sempre ligada à distribuição, tendo inclusivamente estado na Jerónimo Martins de 1997 a 2011, onde se cruzou com Luís Palha da Silva, que vai manter-se na liderança da Pharol, de acordo com a proposta assinada pelo Novo Banco, High Bridge e Visabeira, que detêm mais de 26% do capital da cotada.
Para já, com a retirada do nome de Sousa Coutinho, a única novidade no elenco proposto é a entrada de Bryan Shapira, representante da Adar Capital, empresa que assumiu no início de Maio ter já uma posição de 10,3% da Pharol, sendo mesmo a maior accionista individual.
Já a Visabeira mantém João Pisco de Castro na administração.
Mantêm-se também em funções, se a proposta for aprovada, Jorge Cardoso, do Novo Banco, Pedro Morais Leitão, Jorge Santiago das Neves, Aristóteles Drummond, Maria do Rosário Pinto Correia, e o investidor Nelson Tanure, que está também na Oi.
Aliás, a Pharol e Tanure têm sido os principais rostos da oposição ao plano de recuperação na brasileira Oi, tendo Tanure, inclusivamente, reduzido a sua posição na operadora brasileira.