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Pharol lucrou 20,7 milhões em 2019

A empresa liderada por Luís Palha da Silva obteve lucros, por via do que recebeu da Oi. Mas agravou as imparidades por conta da Rioforte.

Negócios 28 de Fevereiro de 2020 às 20:49
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A Pharol teve lucros de 20,7 milhões de euros em 2019, o que compara com prejuízos de 5,6 milhões de euros um ano antes.

Segundo a empresa, liderada por Luís Palha da Silva, o resultado positivo acima dos 20 milhões deve-se em particular aos 36,8 milhões de euros que a Pharol recebeu pelo acordo com a Oi, o que compensou a imparidade que voltou a registar por via do crédito sobre a Rioforte e dos custos operacionais.

A Pharol registou nova imparidade pela Rioforte de 11,6 milhões. É que cada vez é menor o valor que a Pharol espera receber pelo crédito sobre a empresa que está em insolvência no Luxemburgo. "O valor expectável do crédito sobre a Rio Forte sofreu uma redução de 1,47 milhões de euros neste segundo semestre de 2019, a acrescer aos 10,1 milhões de euros de imparidade já registados no primeiro semestre do mesmo ano", diz a empresa em comunicado.

A Pharol assinala ainda que os capitais próprios sofreram uma redução de 14,7 milhões, para os 131,5 milhões de euros, o que, indica, reflete "o resultado líquido positivo no montante de 20,7 milhões de euros, e a desvalorização da participação na Oi em 33,3 milhões de euros decorrente da queda da cotação em bolsa e da desvalorização do real".

Os custos operacionais recorrentes diminuiram 22%, cifrando-se em 4,2 milhões de euros, beneficiando de "uma redução significativa na aquisição de serviços jurídicos relacionados com a posição no Brasil".

A empresa liderada por Luís Palha da Silva refere ainda que "com as medidas da recuperação judicial já na sua fase final de implementação e tendo sofrido uma diluição na sua participação, a Pharol volta a estar sujeita no Brasil a flutuações ligadas ao desempenho operacional da companhia Oi".

No que toca à estrutura acionista, o maior acionista da Pharol é a Telemar, que é detida na totalidade pela Oi, com 10% do capital. Seguem-se o Novo Banco, com 9,56%, a Real Vida Seguros, com 4,34%, e a Abante Asesores, com uma participação de 2,03%.

A Pharol indica, nas perspetivas futuras que "a curto médio prazo, parece não estar excluída a possibilidade de venda do negócio da comunicação móvel [pela Oi], o que, a concretizar-se, aumentaria de forma significativa a capacidade de investimento na infraestrutura de fibra".

Já sobre a Rio Forte, a cotada do PSI-20 nota apenas que "tendo em conta este arrastar de processos, a Pharol registou, durante 2019, nova imparidade dos activos associados, sendo hoje o valor contabilístico do crédito de 63 milhões de euros, o equivalente a 7,02% do seu valor nominal".

(notícia atualizada às 21:04)

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