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Pharol lucra 24 milhões até junho e revê em baixa devolução da dívida da Rioforte

A entidade liderada por Palha da Silva voltou a rever em baixa o valor expectável a receber da dívida de 897 milhões de euros da Rioforte. Agora, aponta para 64,5 milhões. No semestre, em termos homólogos, passou de prejuízos para lucros.

Duarte Roriz
26 de Julho de 2019 às 18:45
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No primeiro semestre deste ano ano, a Pharol alcançou um resultado positivo de 24,8 milhões de euros, um valor que compara com prejuízos de 2,8 milhões de euros em igual período do ano passado.

A entidade liderada por Palha da Silva justifica este valor com o acordo assinado com a Oi, que resultou num ressarcimento de danos causados à Pharol no montante de36,8 milhões de euros, e com a imparidade de 10,1 milhões de euros decorrente da redução do valor expectável a receber da Rioforte.

Em comunicado emitido à CMVM, a Pharol revela que, após cinco anos da entrada da reclamação de crédito sobre a Rioforte, foi divulgado em abril deste ano um novo relatório dos administradores judiciais que aponta para o "adiamento dos resultados da conclusão da análise administrativa das declarações de dívida", bem como para a "revisão em baixa do valor dos ativos da Rioforte na América Latina".

Tendo em conta estas novas informações, a "valorização de recuperação da dívida foi, uma vez mais, revista em baixa, tendo-se registado em 7,19% de recuperação do valor nominal, o que equivale a uma redução de 10,1 milhões de euros para o montante de 64,5 milhões de euros", detalha a Pharol.

Ainda sobre o processo de recuperação da dívida da Rioforte, herdada pela PT, agora Altice Portugal, a Pharol refere que não tem havido desenvolvimentos "susceptíveis de conferir maior valor ou liquidez a este ativo" nos processos judiciais em curso. "A morosidade dos processos (incluindo os movidos contra ex-administradores e auditor externo [Deloitte]) e a incerteza de que se rodeia o seu andamento - quer na identificação da totalidade dos créditos, quer na valorização dos ativos constantes da massa falida - tornam necessária uma elevada prudência na gestão da estrutura de custos por forma a manter a Pharol preparada financeiramente para calendários mais demorados", aponta.

No total, na primeira metade deste ano, os custos operacionais somaram 2 milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo de 14% face ao mesmo período do ano passado. Uma tendência que, segundo a Pharol, confirma a "esperada inversão no seu andamento dos custos em resultado do acordo alcançado com a Oi e consequente diminuição no apoio jurídico no processo contencioso que opunha as duas empresas".

Na sequência deste acordo, que meteu fim a todos os litígios em curso entre as duas empresas, foram também revertidos no primeiro semestre de 2019 os ganhos com os reembolsos da autoridade tributária no valor de 12,5 milhões de euros que haviam sido registados no primeiro semestre de 2018, sublinha a Pharol.

"O início do primeiro semestre do ano de 2019 ficou marcado, para a Pharol, com o alcançar de um acordo com a Oi para ressarcimento de prejuízos sofridos com decisões tomadas no processo de Recuperação Judicial da nossa participada", refere Palha da Silva, no mesmo comunicado. "Uma página que, uma vez virada, permite a ambas as partes uma mais clara concentração de esforços e recursos nos desafios estratégicos, financeiros e operacionais que o difícil ambiente económico brasileiro e um muito competitivo enquadramento setorial exigem", acrescentou.

Os capitais próprios da companhia aumentaram no primeiro semestre em 49,1 milhões para 195,3 milhões de euros.

(notícia atualizada às 19h com mais informação)

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