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Nos vê lucros trimestrais caírem 15,1% para 34,9 milhões

Operadora liderada por Miguel Almeida justifica o menor lucro com o aumento acentuado das depreciações e amortizações que a empresa tem vindo a realizar e pela inflação. Investimento também abrandou face ao mesmo período do ano anterior.

João Cortesão
26 de Abril de 2023 às 17:00
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A Nos fechou o primeiro trimestre deste ano com lucros de 34,9 milhões de euros, o que traduz-se numa queda de 15,1% face ao mesmo período do ano anterior.

A operadora justifica este valor com o "crescimento acentuado das depreciações e amortizações como resultado dos fortes investimentos que a empresa tem vindo a realizar, bem como pelo impacto da inflação em toda a estrutura de custos e do aumento das taxas de juro nos custos financeiros", refere, num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

As receitas da empresa cresceram 2,2% para 381,4 milhões de euros, alavancadas pelo serviço das telecomunicações, que subiu 0,9% para 369,2 milhões de euros. "As receitas de cinema e audiovisuais aumentaram 22,6% para 20,4 milhões de euros. Nos cinemas, as vendas de bilhetes cresceram 52,1%, embora 19% abaixo do registado no primeiro trimestre de 2019", refere a empresa. 

Já o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (Ebitda) aumentou 8,8% para os 173,5 milhões de euros.

Entre janeiro e março, a empresa investiu menos do que no ano anterior, com o valor a fixar-se nos 97 milhões de euros (menos 26,2% do que os 131,4 milhões investidos em 2022). Este abrandamento deve-se "à desaceleração da expansão da rede 5G", afirma a empresa.


Em termos de serviços, a operadora viu o número subir 4,6% para 10,9 milhões, com os serviços móveis a crescerem 7,2% para os 5,8 milhões. No final do trimestre, a rede de fibra da Nos chegava a 5,34 milhões de lares, mais 203 mil do que no período homólogo.

No que à cobertura 5G diz respeito, a operadora contava com 3.441 estações de base instaladas, "cobrindo 88% da população portuguesa". A empresa informa ainda que no final de março, a dívida líquida da Nos ascendia a 969,2 milhões de euros (menos 6% do que no período homólogo).


Miguel Almeida, CEO da Nos, classifica os resultados apresentado como "consistentes" e que refletem o crescimento operacional. "Neste trimestre, reforçamos ainda o investimento em inovação e o estabelecimento de parcerias que contribuem para materializar as oportunidades que o 5G apresenta para as empresas, mas também para as famílias portuguesas. A quebra em termos do resultado líquido reflete, além do contexto inflacionista, o impacto deste forte investimento no sentido de alavancar a transformação tecnológica de Portugal", acrescenta.

A operadora de telecomunicações arranca assim o ano com uma queda nos lucros face ao ano anterior, depois de em 2022 ter também visto um recuo de 4% para os 138,5 milhões de euros - que, justificou na altura, deveu-se ao investimento no 5G. 

As ações da Nos terminaram a sessão de quarta-feira nos 3,906 euros, o que representa uma valorização de 0,15% face à cotação de fecho de terça-feira. 

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