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Moody's corta "rating" do grupo francês Altice

A "prolongada deterioração" das métricas da dívida, a "reduzida flexibilidade financeira" da telecom após a distribuição de 320 milhões de euros em dividendos, bem como a "contínua fraca geração de capital" são as razões apontadas pela agência de notação financeira para a decisão.

Pedro Catarino
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A Altice International sofreu um corte no "rating" por parte da Moody's. A agência anunciou esta quinta-feira a decisão de rever em baixa a notação financeira de longo prazo do grupo de telecomunicações (com presença em Portugal) para B3, do anterior nível B2 - ou seja, com classificação de investimento especulativo.

"A revisão em baixa do 'rating' reflete a prolongada deterioração das métricas da dívida da Altice International e a expectativa de que não consigam melhorar para níveis comensuráveis com os existentes 'ratings' B2 nos próximos 12 a 24 meses, apesar do desempenho operacional estável da empresa", explica Ernesto Bisagno, vice-presidente e líder de análise sobre a Altice, em comunicado.

Bisagno acrescenta que o "downgrade" tem também em conta a "reduzida flexibilidade financeira" da empresa após a distribuição de 320 milhões de euros em dividendos, bem como a "contínua fraca geração de capital", que a Moody's antecipa que sofra pressão adicional do aumento do custo da dívida.

O "outlook" do "rating" de longo prazo do operador de telecomunicações - que tem operação em Portugal, Israel, República Dominicana e é dono da Teads - fica em "estável".

A par do "rating" de longo prazo, a Moody's também reviu em baixa a classificação de instrumentos seniores não garantidos da Altice Finco e instrumentos de dívida da Altice Financing. Nestes casos, a perspetiva passa para "negativa".
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