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MásMóvil quer construir rede de fibra em Portugal para dar força à Nowo

A empresa espanhola, que detém as portuguesas Nowo e Oni, está a negociar com vários fundos de investimento para implementar infraestruturas próprias em Portugal. A acontecer, pode aumentar influência da Nowo no mercado português.

30 de Janeiro de 2020 às 13:45
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A MásMóvil e o grupo Gaea Inversión, que controlam as empresas portuguesas de telecomunicações Nowo e Oni, está em contactos com vários fundos de investimento, como Digital Colony, Macquarie ou Morgan Stanley, para implementar infraestruturas próprias de rede de fibra ótica em Portugal, segundo o jornal espanhol Expansión.  

Caso se venha a concretizar, a Nowo poderá vir a beneficiar e ganhar algum peso no "competitivo" mercado em Portugal, segundo os analistas do CaixaBank/BPI, Pedro Oliveira e Borja Pagoaga.

"Estimamos que a Nowo pode ser capaz de atingir 12% de quota de mercado em 'Pay-TV' e aumentar as receitas em 5,5%. Isto poderá ter algum impacto nos restantes operadores do setor", pode ler-se numa nota do CaixaBank/BPI.

Acrescentaram que "atualmente, as nossas estimativas compreendem um crescimento médio de 0,5% nas receitas com o consumo para a Nos nos próximos anos, em linha com as nossas expectativas de crescimento do mercado", mas "assumindo que a Nowo venha a atingir os seus objetivos e que os restantes 'players' vão perder de forma proporcional para a Nowo, pode significar um corte de cerca de 4% mas nossas estimativas de receitas consolidadas para a Nos a médio prazo".

Segundo o jornal espanhol, a Nowo possui uma rede de cabo antiga, que precisa de ser modernizada, algo que a MásMóvil pretende fazer, bem como implementar rede de fibra ótica em cerca de dois milhões de residências (FTTH) em Lisboa e Porto. Caso se concretize, a Nowo passaria a estar disponível em 3 milhões de casas em Portugal, cerca de 60% do universo total.

A MásMóvil quer que tanto a Nowo como a Oni sejam o dois "clientes âncora" da sua nova rede, com um compromisso de longo prazo, com a possibilidade de o proprietário poder alugar a outros operadores.

Em novembro do ano passado, em entrevista ao Negócios, Miguel Venâncio, que passou de presidente executivo a presidente do conselho de administração do grupo, já tinha revelado que esta estratégia estava a ser equacionada pela empresa.

Um dos possíveis colaboradores da empresa espanhola em Portugal é também o grupo americano Digital Colony, especializado em infraestruturas de telecomunicação, uma vez que recentemente anunciou um investimento de até 500 milhões em Portugal para uma rede de fibra. Outros dos nomes que ganha força é o da Morgan Stanley Infrastructure, que comprou 50% da rede de fibra da Meo.
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