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Credores da Oi podem ficar com 72,12% do capital da empresa

A operadora brasileira já recebeu as escolhas dos credores para receberem os seus créditos e informa que a diluição dos actuais accionistas será de 71,12%.

Os avanços no plano de recuperação da Oi suportou uma valorização das acções da Pharol. A antiga PT SGPS sobe perto de 29% em 2017, com os investidores a posicionarem-se para ganhar com este programa, uma vez que a empresa é a maior accionista da empresa brasileira, com cerca de 27% do capital. Ainda assim, o plano de recuperação ainda não está fechado.
Negócios 12 de Abril de 2018 às 08:02

Os credores da Oi podem ficar com 72,12% do capital da empresa, o que significa a diluição da posição dos actuais accionistas, entre eles a Pharol que detém 22,24% da operadora brasileira.

 

A informação foi avançada esta quinta-feira, 12 de Abril, pela operadora brasileira, depois de ter recebido o resultado das escolhas dos credores para receberem os seus créditos.

 

"A diluição total resultante da entrega do pacote de instrumentos financeiros (…) no contexto do aumento de capital aprovado em reunião do Conselho de Administração de 5 de Março de 2018, será de 72,12%, caso todos os credores tomem os passos necessários para participar da Oferta de Troca", informa a Oi em comunicado.

 

A diluição dos actuais accionistas é assim ligeiramente maior do que a avançada anteriormente, que era de 71%.

Assim a Pharol, que tem estado contra esta conversão que dará mais poder aos credores, ficará, tal como o Negócios já tinha explicado, com menos de 7%.

A Pharol tem, no entanto, e quando for notificado o período para o aumento de capital que permitirá essa conversão de créditos, um período no qual poderá exercer o seu direito de preferência nessa capitalização. Luís Palha da Silva, presidente da Pharol, já anteriormente - antes da guerra que se agudizou com a Oi -, tinha admitido ir ao aumento de capital, mas estava a estudar a forma.

Este aumento de capital por conversão de créditos está previsto no plano de recuperação da Oi, aprovado em Dezembro, e desde logo contestado pela Pharol precisamente por considerar que os actuais accionistas estavam a ser excluídos da recuperação. É que o plano foi apenas aprovado em assembleia de credores e homologado pelo tribunal que tem o processo, mas não chegou aos accionistas nem ao conselho de administração no seu todo.
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