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Costa volta a criticar PT. Estrutura da rede tem uma “fragilidade inadmissível”

Sobre as falhas de comunicações durante os incêndios que assolaram o centro do país, António Costa diz já ter falado com a administração da PT, tendo salientando que a estrutura da rede a expõe a “uma fragilidade inadmissível”.

Miguel Baltazar/Negócios
17 de Julho de 2017 às 14:04
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"Ainda na semana passada tive oportunidade de transmitir à administração da PT como é essencial que os cabos por onde circulam todas as comunicações de emergência não sejam aéreos", afirmou António Costa, em declarações aos jornalistas, no dia em que faz um mês do incêndio de Pedrógão Grande, que vitimou mortalmente 64 pessoas.

 

"É essencial que os cabos estejam mais protegidos. E temos de ter redundância" nas comunicações. "Temos de ter uma rede que funcione em todas as circunstâncias", salientou, tendo sido questionado sobre os novos problemas identificados este fim-de-semana em Alijó.

 

"O problema que ontem houve pôde rapidamente ser resolvido graças à entrada de uma unidade móvel", tendo este Executivo feito adjudicações e tomado decisões para resolver problemas de um sistema "que funciona há 11 anos" e em que ao longo do tempo foram identificados alguns problemas.

 

"Há mais", sublinhou. "E temos de obrigar a quem explora essa rede de emergência a cumprir as suas obrigações em pleno", acrescentou, salientando que o Governo "obrigará às correcções de forma a que tudo funcione a tempo e horas."

 

"Numa zona de grande densidade florestal, onde há um elevado risco de incêndio, o sistema de comunicações de uma companhia [com António Costa a referir-se à PT] assentar em cabos aéreos, e nessa rede circular não só a comunicação normal como a de emergência, expõe essa rede a uma fragilidade inadmissível", salientou.

Esta é a segunda vez que o primeiro-ministro se refere à PT. A primeira vez foi durante o debate do Estado da Nação, onde criticou "a forma irresponsável" como foi feita aquela venda [da PT, durante o anterior Executivo] "acabe por transformar este caso num caso Cimpor, com um novo desmembramento que ponha não só em causa os postos de trabalho, como o futuro da empresa".

O primeiro-ministro afirmou mesmo que "por mim, já fiz a minha escolha da companhia que utilizo".

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