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Cadete de Matos: "Operadoras têm pouca capacidade de entender que monopólios acabaram"

O presidente da Anacom considera que as críticas duras de que tem sido alvo pelas operadoras demonstram que têm “pouca capacidade de entender que a concorrência é algo que está inscrito na lei portuguesa”.

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O clima de guerra entre os operadores de telecomunicações e o presidente da Anacom é sentido praticamente desde o inicio das suas funções.  Uma situação para a qual foi alertado pelos congéneres europeus  ainda antes de assumir a presidência deste regulador.

"Numa declaração pública, numa das minhas primeiras intervenções quando iniciei funções em 2017, disse que o conselho ou aviso que recebi das minhas contrapartes em toda a Europa foi dizerem-me que eu ia para uma zona de guerra", recordou Cadete de Matos em entrevista ao Negócios e à Antena1.

"É uma zona em que vezes de mais existe pouco equilíbrio nas declarações que são feitas", continuou. "E pouca responsabilidade também, porque eu acho que todos devemos ser responsáveis por aquilo que dizemos, todos devemos respeitar e compreender o papel de cada um, não deve de haver excessos", criticou.

Questionado sobre como lida com os ataques públicos das operadoreas, sendo que uma delas [a Altice Portugal] chegou mesmo a pedir a sua demisão, Cadete de Matos referiu que "infelizmente em alguns setores, e neste setor acho que isso acontece, há uma pouca capacidade de entender, por um lado, que a concorrência é algo que está inscrito na lei portuguesa. Desde 1975, desde a Revolução, que se aboliu em Portugal a lei do condicionamento industrial, a lei que defendia os monopólios".

Cadete de Matos garantiu ainda que este tipo de ataques não influencia o seu trabalho: "a Anacom tem uma linha de conduta que é de não responder a esse tipo de afirmações que não têm sustentação e continuar a fazer o nosso trabalho de forma rigorosa e competente".

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