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Anacom diz que descida de preços das telecomunicações depende do mercado

A entidade reguladora das telecomunicações (Anacom) garantiu hoje que tem tomado medidas para que os preços desçam, mas lembrou que não pode fazer imposições nos valores cobrados aos consumidores, já que isso depende do equilíbrio do mercado.

Fátima Barros diz que "é preciso reforçar independência dos reguladores"
25 de Março de 2013 às 13:00
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A entidade reguladora reagia à entrevista à Lusa do chefe da missão do Fundo Monetário Internacional em Portugal, Abebe Selassie, que criticou o facto de os preços da luz e das telecomunicações não descerem mais.

 

"Na nossa área de competência, grossista, temos tomado as medidas" para proporcionar uma redução dos preços das telecomunicações, afirmou à Lusa fonte oficial da Anacom.

Recordando "as descidas das tarifas de terminação fixas e móveis", a mesma fonte garantiu que "a nível grossista as descidas existem" e que foram criadas "condições para que os preços de retalho desçam".

 

No entanto, sublinhou, essas condições para baixar os preços cobrados aos consumidores não podem ser impostas no retalho.

 

A Lusa também contactou o regulador da energia (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos -- ERSE), que preferiu não avançar comentários.

 

O chefe da missão do FMI, Abebe Selassie, considerou, no domingo, ser muito desapontante o facto de os preços da electricidade e das telecomunicações não terem descido e disse que esta questão é importante para garantir que os sacrifícios são repartidos de forma justa.

 

Em entrevista à Lusa por telefone a partir da sede do FMI, em Washington, Abebe Selassie, voltou a demonstrar algum desalento das instituições internacionais sobre as reformas no mercado de produto e, apesar de elogiar a tentativa do Governo, afirmou que a 'troika'de ajuda financeira internacional vai estar atenta aos desenvolvimentos nestes sectores e se necessário revisitar o que já foi feito.

 

"Penso que o principal objectivo para os preços da electricidade, das telecomunicações e de outros sectores não transaccionáveis é se estão em linha ou começam a cair à medida que a concorrência aumenta ou a procura diminui. Até agora não o estamos a ver e isso é muito desapontante. Se não responderem às condições económicas penso que definitivamente teremos de olhar para o que o se passa e revisitar as reformas", afirmou o responsável máximo da equipa do FMI para Portugal.

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