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Vice-presidente do Twitter viaja à Turquia para aliviar tensões
O Twitter continua bloqueado na Turquia. A rede social é agora acusada de evasão fiscal pelo Governo turco.
Numa tentativa de aliviar as tensões entre o Twitter e a Turquia, o vice-presidente da rede social viaja esta segunda-feira, 14 de Abril, ao país para se encontrar com o presidente executivo da Autoridade de Informação e Comunicação, Tayfun Acarer, confirmou à Bloomberg um porta-voz do representante.
No encontro, que será na capital Ankara, vai discutir-se as acusações de evasão fiscal e desrespeito pela lei turca, que o primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, tem dirigido à rede social que continua com o acesso bloqueado no país.
Segundo o ministro dos Assuntos Europeus, Mevlut Cavusoglu, o Twitter está a ignorar centenas de avisos judiciais emitidos pelos tribunais turcos no sentido de retirar os conteúdos que difamam os membros do Governo turco. “O Twitter devia ter um escritório na Turquia”, defendeu o ministro turco. “As pessoas têm o direito de reclamar e defenderem-se das alegações”.
O Twitter foi banido na Turquia no decorrer da publicação de conversas telefónicas que revelavam alegadamente actos de corrupção pelo primeiro-ministro do país. Entretanto o tribunal Constitucional turco ordenou a reposição do acesso à rede social, uma decisão que não foi respeitada pelo Executivo de Erdogan.
“Estas empresas têm de cumprir a Constituição turca e os códigos fiscais do país, tal como qualquer outra empresa internacional”, afirmou o primeiro-ministro da Turquia no sábado, 12 de Abril, à agência noticiosa Anadolu. “O Twitter, o Youtube e o Facebook são empresas com lucros que fogem ao fisco. Não tem nada a ver com liberdades”, justificou ainda o executivo.
Os Estado Unidos e a União Europeia criticaram a decisão do Governo turco de banir o Twitter assim como o Youtube. O candidato alemão, do partido União Democrata-Cristã (CDU), às eleições europeias, David McAllister, considerou a atitude de Erdogan “um assalto à liberdade de expressão” que mostra que a Turquia não está politicamente preparada para se juntar à União Europeia.