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Facebook vai prestar serviços financeiros
O Facebook pode deixar de ser apenas uma plataforma de partilha de fotos e “estados” e tornar-se também numa empresa que presta serviços financeiros e trabalha com dinheiro electrónico.
Faltam apenas algumas semanas para que a rede social Facebook obtenha a aprovação do banco central da Irlanda para poder estrear um serviço na plataforma que permite aos utilizadores armazenar dinheiro e usá-lo para pagamentos e transferências com outros usuários, avança o Financial Times.
A rede social está também em negociações com potenciais parceiros londrinos que prestam serviços de transferências de dinheiro internacionais via online ou por smartphone. A TransferWise, Moni Technologies e Azimo são três das start-ups com que o Facebook mantém negociações, apurou o jornal britânico.
A incursão de remessas migratórias nos serviços da rede social pode aumentar a presença do Facebook em mercados emergentes.
“O Facebook quer tornar-se numa utilidade para o mundo em desenvolvimento e as remessas são uma porta que facilita a inclusão financeira”, afirmou uma testemunha que acompanha de perto a estratégia da empresa. A rede social criada por Mark Zuckerberg ultrapassou recentemente os 100 milhões de utilizadores na Índia, que é o segundo maior mercado nacional depois dos Estado Unidos.
A autorização de utilização do “e-money” (dinheiro electrónico) pela Irlanda, pressupõem que o Facebook detenha um capital de 350 mil euros e que segregue fundos equivalentes ao montante que vai emitir, de acordo com especialistas consultados pelo Financial Times.
“O surgimento de entidades não-bancárias que prestem serviços financeiros, é um grande desafio para o tradicional monopólio bancário”, defende um especialista em transacções europeias da empresa Keystone Law, Simon Deane-Johns.