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Whatsapp para empresas é a aposta de Zuckerberg para faturar mais a curto prazo
O CEO da dona do Facebook e Instagram quer desenvolver o serviço de mensagens Whatsapp para empresa, sendo que já existe o serviço Whatsapp Business. Esta pode mesmo ser a hipótese de aumentar as vendas do grupo a curto prazo numa altura em que a receita publicitária está em queda.
Com a receita da publicidade a cair e uma onda de despedimentos de 11 mil trabalhadores, Mark Zuckerberg tomou a palavra para acalmar os ânimos e assegurou que o Whatsapp e o Facebook vão impulsionar a próxima onda de crescimento das vendas do grupo, mais cedo do que o até então "all-in" do milionário, o metaverso.
"Falamos muito sobre as oportunidades a longo prazo, como o metaverso, mas a realidade é que provavelmente os serviços de trocas de mensagens para empresas serão o próximo grande pilar do nosso negócio, à medida que trabalhamos para desenvolver mais o WhatsApp e o Messenger", afirmou esta quinta-feira Zuckerberg, citado pela Reuters.
Ainda assim, Zuckerberg frisou a necessidade continuar a aposta a longo prazo no metaverso e na realidade virtual, desdramatizando a despesa que o grupo está a ter com esta área. Cerca de 20% do orçamento da Meta foi destinado para o Reality Labs, o "hub" de inovação relacionado com o metaverso e a realidade aumentada do grupo.
O "laboratório" está a gastar metade do seu orçamento em realidade aumentada, mantendo a aposta nos óculos inteligentes e de realidade aumentada, com novos modelos "que deverão surgir nos próximos anos", segundo Zuckerberg.
"Este é de certa forma o trabalho mais desafiante mas também é a parte potencialmente mais valiosa do trabalho a longo prazo", acrescentou.
A Meta encontra-se numa fase de corte de custos. Mark Zuckerberg, vai dispensar 13% da força de trabalho da companhia, cerca de 11 mil colaboradores. A Meta fechou o terceiro trimestre com lucros de 4,4 mil milhões de dólares, uma quebra homóloga de 52% e bastante abaixo dos 5,04 mil milhões estimados pelos analistas.
Os números divulgados pela "big tech" mostram que a Meta, tal como os seus pares, está a sofrer com a debilidade do mercado publicitário num contexto de abrandamento económico.
A penalizar a empresa está também a aposta no metaverso, que aliás levou à mudança de nome da companhia, que continua a custar milhares de milhões de dólares à Meta.
Em bolsa, a empresa já perdeu 66,86% desde o início do ano, estando cada ação a cotar nos 111,45 dólares.