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Uber. A marca mudou, a internet não gostou

Foi-se o U, vieram as cores. A aplicação que permite solicitar transporte mudou o seu logótipo. E nem nisso escapou à polémica.

DR
03 de Fevereiro de 2016 às 17:43
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Reza a lenda – ou um artigo da Wired – que esta mudança levou cerca de dois anos. Na manhã desta quarta-feira, 3 de Fevereiro, uma surpresa: o logo da Uber tinha perdido o seu U. E ganhou cor.

Cada país tem a sua. Em Portugal é azul. A aplicação que permite solicitar um serviço de transporte – e tem gerado a indignação dos taxistas um pouco por todo o mundo – tem nova cara. As reacções online não se fizeram esperar.


O CEO Travis Kalanick acreditava que o antigo logótipo, a preto e branco, era distante e frio. Por isso, decidiu ele mesmo ser o cérebro da mudança. Arrancou sozinho mas rapidamente se rodeou de uma equipa de especialistas. As decisões é que nunca mudaram de mãos.

Os utilizadores portugueses foram brindados com um email. "A Uber de sempre não está a mudar - a nossa marca está apenas a ajustar-se ao que representamos hoje", garantiu. O serviço mantém-se, a imagem é que não.


E o que representa hoje a Uber? Os internautas parecem confusos com o novo logótipo. Há quem o considere demasiado abstracto, demasiado rebuscado. O Financial Times escreve mesmo que a alteração "sugere arrogância e inconsistência".


Combinação de "bits" e "átomos". Ao centro um quadrado representando os "bits", a forma da tecnologia usada pela aplicação. Um traço une-o à extremidade da imagem: é a estrada do serviço prestado. Aí encontram-se os "átomos", a simbolizar o crescimento rápido nos mercados onde a Uber opera. São 400 cidades em 65 países. Em Portugal, Lisboa e Porto.


Há quem recorde as palavras de Kalanick há dois anos, considerando os "bits" e os "átomos" como símbolos dos activos mais preciosos. Condutores? Clientes? Não. Investidores: Google Ventures ("bits") e o fundo TPG Capital ("átomos"). A Uber está agora avaliada em 62 mil milhões de dólares (cerca de 56 mil milhões de euros).


Intencional ou não, a Uber está pelo menos a conseguir criar burburinho sobre esta alteração. Os utilizadores acreditam que esta mudança – tão esperada no seio da empresa criada em 2009 em São Francisco – tornará mais difícil a identificação do serviço no ecrã do telemóvel.


Em Portugal, a actividade da Uber continua em indefinição. A aplicação continua a operar em Portugal, garantindo que não presta ela o serviço de transportes. A sua função é a de ligar clientes a parceiros profissionais.


A Antral – associação que representa os taxistas – acabou por avançar com uma providência cautelar, que foi aceite em tribunal. Contudo, a notificação que proíbe a actividade não abrange a sede a que a plataforma em Portugal responde.


O anterior Executivo, liderado por Passos Coelho, chegou a pedir esclarecimentos sobre a actividade da Uber em Portugal, com vista à definição de um enquadramento legal para a mesma.

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