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Uber vende participação ao SoftBank
A plataforma de transporte aprovou a venda de uma participação de até mil milhões de dólares ao grupo japonês SoftBank. O acordo prevê que o grupo nipónico apresente nas próximas semanas uma oferta de até 9 mil milhões de dólares sobre acções.
A Uber aprovou a oferta feita pelo grupo japonês SoftBank de compra de uma participação na plataforma de transportes.
O acordo permite ao grupo nipónico e outras empresas, tais como o fundo de investimento Dragoneer, investirem até mil milhões de dólares no capital da Uber e prevê que nas próximas semanas possam apresentar uma nova oferta de compra de até 9 mil milhões de dólares de acções da plataforma norte-americana.
O compromisso alcançado estabelece ainda mudanças na gestão da Uber, embora não sejam conhecidos detalhes sobre essas alterações.
"Chegámos a acordo com um consórcio liderado pelo SoftBank e pelo Dragoneer sobre um potencial investimento", disse a Uber em comunicado citado pela Bloomberg.
Esta agência noticiosa acrescenta que os termos do acordo foram negociados durante as últimas semanas, segundo fontes envolvidas nas negociações que pediram anonimato. Já a agência Reuters adianta que este acordo permitirá ultrapassar o diferendo legal mantido entre o co-fundador e ex-CEO da Uber, Travis Kalanick, entretanto afastado do comando da plataforma de transportes, e um accionista relevante da empresa.
Duas fontes citadas pela Reuters também sob condição de anonimato, referiram que a empresa de capital de risco Benchmark, que investiu na Uber quando esta ainda dava os primeiros passos, e Travis Kalanick negociaram os termos do acordo finalizado este domingo. Contudo, a concretização do acordo deverá demorar algumas semanas, segundo a imprensa.
Este acordo contempla que a Benchmark deixe cair o processo legal interposto contra Kalanick assim que o investimento for concretizado.
O conglomerado japonês tem vindo a apostar no sector das tecnologias e o acordo de investimento conjunto com o Dragoneer prevê um investimento entre mil milhões e 1,25 mil milhões de dólares na Uber, a que acresce a compra de 17% de acções já detidas por outros investidores e trabalhadores numa futura segunda transacção. Esta segunda parte da operação deverá ser concretizada com base numa menor avaliação do que a primeira.